LIRAa coloca Divinópolis em situação de risco para epidemia

Da Redação

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) divulgou ontem, 24, o resultado do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypty (LIRAa) 2016. De acordo com a definição do Ministério da Saúde, o município se encontra em situação de médio risco de epidemia, marcando 1,6%; o parâmetro é considerado alto, a partir de 4%. Mais uma vez, o levantamento apontou que 90,05% dos focos do mosquito, estão dentro das residências.

O LIRAa é realizado todo ano, como forma de mapear a situação da dengue no município. Este ano, o levantamento aconteceu entre os dias 17 e 21 de outubro, e visitou 4,9 mil imóveis na região. Além do resultado referente ao mosquito Aedes aegypti de 1,6%, a pesquisa também mostra o índice de infestação médio do Aedes albopictus, transmissor da febre chikungunya, que apresentou 0,1%.

Médio Risco
Apesar dos números apontarem que em 2016, a situação do município foi de médio risco para epidemia, a população deve ficar atenta aos cuidados para o próximo ano. Analisando por áreas, a região Norte de Divinópolis apresentou o maior índice de infestação, com 2,80%, seguido pela região Nordeste 2,77%, Central 1,70%, Sudeste 1,28%, Oeste 0,90% e Sudoeste 0,42%. As duas últimas apresentaram baixo risco de epidemia.

Focos
Mais uma vez, o levantamento apontou que a maior parte dos focos do mosquito se encontra dentro das residências, sendo 90,05% nas casas e 9,1% em lotes vagos. O resultado serve de alerta a população, tomar os cuidados preventivos, para assim evitar uma possível epidemia no próximo ano.

Em relação aos recipientes onde os focos foram encontrados, 26,7 estavam em plástico, garrafas, latas e entulhos, que se encontravam no quintal ou lotes vagos, 25,% em depósitos de água para consumo doméstico, como caixas d’água, tambores e tanques, mais de 22% em sanitários em desuso, lajes, calhas, piscinas, ralos, caixas de passagem e fontes ornamentais, 18,9% em vasos de planta e bebedouros de animais, 5,6% em pneus e 1% em depósitos naturais.

Para diretora de Vigilância em Saúde, Celina Pires, todos os recipientes onde foram encontrados focos, poderiam ter sido eliminados ou passado pelos cuidados de prevenção.

— A mobilização de cada cidadão tem que começar neste momento, ser imediata e, depois, mantida. Só trabalhando em conjunto, setor público e população, cada um fazendo sua parte, a dengue poderá ser controlada — explicou.

Ações
Com o resultado preocupante e o período de crescimento no número de casos se aproximando, algumas ações de controle já estão sendo preparadas, como: visitas aos imóveis para orientações, arrastões com eliminação ou tratamento dos depósitos, tampação de caixas d’água, retirada de pneus, trabalho nos pontos estratégicos, bloqueio com inseticida, intensificação das notificações aos proprietários de imóveis, dentre outros trabalhos.

 

 

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