O Tribunal Regional Federal da 1ª Região atendeu parcialmente recurso do Ministério Público Federal em Minas Gerais e aumentou a pena de quatro pessoas condenadas em 2015 por tráfico internacional de drogas e de armas de fogo de uso restrito. Parte do grupo foi presa em Pitangui em 2014, quando transportava 5,7 toneladas de maconha.
Pena
José Leonel Vieira teve pena fixada em 21 anos de prisão. Sua companheira, Sônia Rodrigues Lemos, teve pena elevada para 16 anos, Guilherme Magela Alves para 18 anos e 8 meses e a pena para Getúlio Ricardo Pereira foi para 16 anos. O Tribunal Regional Federal concordou com o MPF, que sustentou ser necessário o aumento da pena de todos os acusados em razão da enorme quantidade de droga apreendida. José Leonel está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Os demais estão no presídio Floramar, em Divinópolis.
Caso
Em maio de 2014, policiais perceberam uma caminhonete Hillux escoltando um caminhão pela AMG-0305, na região de Pitangui. Durante a ocorrência, os suspeitos chegaram a atirar contra os militares, mas acabaram presos, Sônia, Guilherme e Getúlio. No caminhão foram encontradas 5,7 toneladas de maconha prensada em tabletes e acondicionada em sacos com a inscrição “indústria paraguaya”. Foram encontrados, tanto na Hillux quanto no caminhão, 25 munições calibre 380, 40 munições calibre 12, uma espingarda calibre 12 e um colete à prova de balas. Foram apreendidos ainda um aparelho de GPS – no qual a perícia encontrou registros dos trajetos percorridos pelo grupo nos estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão e no Paraguai –, uma balança eletrônica e aparelhos de radiotransmissão usados para comunicação entre os veículos. O uso destes aparelhos rendeu aos quatro acusados, condenação pelo crime de telecomunicação clandestina. José Leonel, que havia conseguido fugir na época, foi preso apenas em setembro de 2014, em um sítio localizado na zona rural de Japaraíba,Minas Gerais.