Jorge Guimarães
Minas Gerais terá de qualificar 1,4 milhão de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis técnico, superior e de qualificação entre 2017 e 2020. Estes profissionais trabalham na indústria ou em atividades de serviços ou comércio que atendem direta ou indiretamente ao setor industrial.
As áreas que mais vão demandar formação profissional no Estado devem ser construção (450.591), meio ambiente e produção (234.726), metalmecânica (185.182), alimentos (133.440), vestuário e calçados (107.418), energia (71.649), veículos (52.930), tecnologias da informação e comunicação (50.005), mineração (34.239), petroquímica e química (30.660), madeira e móveis (27.163), papel e gráfica (15.516), pesquisa, desenvolvimento e design (8.442).
Os dados fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição. A pesquisa também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho. Em todo o Brasil, será necessário qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nesse período.
Divinópolis
A reportagem conversou com o diretor do Senai em Divinópolis , Cristiano Jácome, para se fazer um panorama da cidade. Ele lembrou que o mapa é resultado de um estudo, como pode ser visto pela apresentação, na íntegra, no Portal da Indústria. Os números divulgados, segundo ele, são uma projeção para os estados da federação com base nas perspectivas econômicas, não havendo a possibilidade de estratificá-los por município.
Cursos
Dos cursos destacados no mapa, o Senai de Divinópolis possui vários em seu portfólio, de acordo com cada modalidade, podendo-se destacar, dentre outros: Técnico em eletroeletrônica, técnico em mecânica, técnico em vestuário, técnico em construção civil, técnico em segurança no trabalho. O objetivo é iniciar 2017 com o técnico em eletrotécnica. Na aprendizagem industrial são diversos cursos, como confecção do vestuário, confecção e moda, eletrônica, usinagem mecânica, eletroeletrônica, panificação.
Na qualificação profissional tem: eletricista predial, eletricista industrial, manutenção mecânica, operador de máquinas de costura, costureiro industrial, modelista, desenho de moda, corte industrial, eletrônica, ajustagem, usinagem mecânica, etc.
— Cabe destacar que nosso portfólio é atualizado conforme demanda das indústrias da nossa região, e, além disso, atendemos as mesmas com cursos personalizados conforme cada necessidade, com possibilidade de atendimento conjunto com outras unidades. Atualmente, o Senai MG conta com mais de 90 unidades em Minas – revela Cristiano.
Parcerias
Existem diversas formas de inserção, podendo-se destacar a formação e contratação direta por uma empresa demandante, ou através do programa de Jovem Aprendiz que apresenta o maior volume de demanda.
— No contexto deste programa, as indústrias informam ao Senai qual a necessidade de contratação de aprendizes. Com base nestas informações o Senai oferta a quantidade de turmas necessárias. Após a conclusão do curso a empresa pode optar ou não por continuar com o jovem em seu quadro funcional. Cabe destacar que algumas indústrias contratam o jovem aprendiz no regime conhecido como dual, onde ele perfaz parte do curso no Senai e parte na empresa, assemelhando-se ao ” estágio” dos estudantes de curso superior. Com relação aos alunos dos cursos técnicos, temos dentro do Sistema Fiemg o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que é a entidade responsável por gerir e promover a contratação de estagiários pelas indústrias — sintetiza.
