O voo da Skazi

O principal fato fashion da semana em Minas foi a venda da marca Skazi para o grupo têxtil catarinense Menegotti. Por várias razões, o assunto tem grande importância para o circuito fashion mineiro. Para começar, o ineditismo do fato de uma marca “made in Minas” despertar o interesse do maior gestor de marcas de moda da América Latina. Sob seu guarda-chuva estrelado estão Colcci, Forum, Triton, Tufi Duek, Coca Cola Clothes – e agora a Skazi.

Depois, a sua avaliação a partir de requisitos mais atualizados, como dinamismo, comunicação rápida, permanente e direta com seu público e, principalmente, um ritmo criativo e de entrega de produtos similares aos dos maiores nomes da moda mundial. Não seria exagero citar aqui (proporcionalmente) Zara, Gucci e outros.

Tanto assim que seu estilista, Eduardo Amarante, continuará na casa junto com os ex-donos, Vander Martins e Paolinha Murta, nos próximos cinco anos. Uma parte fundamental da negociação.

Mais que isso, essa operação fashion (que pode ter girado em torno dos R$ 70 milhões) sinaliza, com exatidão, aquilo que interessa ao mercado nesses tempos de moda-gestão. Pelo menos para quem deseja voar mais alto.

A outra opção seria a moda autoral dirigida a nanossegmentos específicos. A moda mineira vai encontrando suas saídas possíveis.

Vaivém

  • A semana paulista de moda constou de três salões de negócios, com bom movimento. Além da feira Contemporânea, também aconteceram a Novo Showroom e a Casamoda.
  • Resultado-surpresa de pesquisas no Estados Unidos mostra que o número de títulos de revistas impressas por lá aumentou – incluindo moda & estilo. Todo mundo achava que a internet havia dizimado esse mercado, mas apenas mudou: agora as tiragens são menores por título e as vendas são feitas em lojas – não mais em bancas.
  • A turma de Nova Serrana não brinca em serviço. Nem bem começou o vaivém da ‘febre virtual’ da caneta azul na internet e um tênis assinado com a famosa esferográfica foi criado por uma fábrica local. E ficou bacanésimo.

Ponto final.

Apesar de muito se falar sobre vendas on-line e expansão dos negócios virtuais, recente pesquisa no Brasil mostra que 75% das compradoras de moda visitam os sites fashion, mas 70% escolhem comprar, depois, nas lojas físicas. Daí quase todas as marcas optarem pelo “omnichannel”, isto é, ter os dois canais de vendas atuando simultaneamente. Comodidade também vende.

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