Minas tem o pior saldo de empregos

Jorge Guimarães

Apesar de o país ter fechado setembro com o saldo positivo de quase dois mil empregos, gerados pelas micro e pequenas empresas, Minas Gerais obteve o pior desempenho entre os estados no período. Ao todo foram abertas 83.816 vagas contra 93.130 desligamentos, gerando um déficit de 9.314 postos de trabalho. É o que mostra um levantamento do Sebrae Minas com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O setor Agropecuário voltou a puxar a queda no saldo de empregos com 12.319 desligamentos, ao lado da Construção Civil (- 627) e a Extração Mineral (- 44).

— Nos meses de abril, maio e junho, houve um aumento do número de empregos no setor proporcionado pelo período de colheita. Agora, estamos nos meses de entressafra o que pode ser um dos fatores que veem influenciando, momentaneamente, a redução dos empregos no segmento — explica a analista do Sebrae Minas, Bárbara Alves.

Por outro lado, os setores de Serviços, Comércio e Indústria da Transformação tiveram resultado positivo e juntos somaram um saldo de 3.667 contratações com carteira assinada.

— Aos poucos, a economia está se recuperando e os consumidores voltando a comprar — conta a analista do Sebrae Minas.

Regiões
Apesar disso, apenas nas regionais Centro, Norte, Rio Doce e Vale do Aço foram verificadas a ocorrência de mais contratações que demissões. Já o Sul de Minas Gerais foi o que registrou o pior saldo com 10.052 empregos e 15.798 desligamentos, gerando -5746 vagas.

Nas regiões Sudeste e Centro – Oeste ocorreram 12.272 admissões e 13.382 desligamentos, perfazendo uma variação percentual de – 1.110 vagas.

Divinópolis
Segundo dados do Caged, em setembro último, Divinópolis teve um total de 1.817 admissões contra 1.835 desligamentos. Já englobando de janeiro até setembro, os números continuam negativos com 17.684 admissões e 18.329 demissões. E na soma geral dos últimos 12 meses, a cidade teve 23.180 admissões e 24.753 desligamentos, perfazendo um saldo de – 1.573 vagas. Números que demonstram um número maior de desligamentos frente a admissões, lembrando que estes números são se limitam as micros e pequenas empresas, mas sim no âmbito geral.  

— No nosso local de trabalho, priorizamos mais familiares, sempre que possível, para executar as tarefas. Já se foi o tempo de manter- mos muitos funcionários e a qualificação é a palavra chave para que o profissional também possa executar outras tarefas que não as suas. Hoje, de preferência, a pessoa tem que saber outras funções, ser praticamente um coringa dentro da empresa — avalia o empresário do ramo alimentício Paulo Roberto.         

E qualificação profissional também é palavra chave dentro do conceito do churrasqueiro Ueliton Reis.

—Minha função dentro de um restaurante é cuidar da parte das carnes, para servir o melhor churrasco aos nossos clientes. Como a crise está feia, e o desemprego aumentando, não fiquei parado e fui estudar e me profissionalizar ainda mais. Agora, sei trabalhar na cozinha, na copa, ou seja, em qualquer lugar de um restaurante, até mesmo no caixa — falou o profissional.

 

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