Diabetes mata cerca de 72 mil pessoas por ano no país

Juliana Lelis

Uma doença silenciosa que vem aumentando sua incidência em todo o mundo. Segundo a Federação Internacional do Diabetes, um em cada dois adultos com a doença, não está diagnosticado, e por isso, não toma os devidos cuidados. Em Divinópolis estima-se cerca de 20 mil diabéticos, e no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 16 milhões de adultos tem diabetes e cerca de 72 mil pessoas morrem com a doença por ano.  

Ontem, 14, foi celebrado o Dia Mundial do Diabetes, e este ano, o tema da campanha é “De olho no Diabetes”, e tem como foco destacar a importância do diagnóstico precoce, tratamento e a redução do risco de complicações. Ainda segundo dados da OMS, os casos vêm crescendo em todo mundo, estima-se que ao todo, 415 milhões de adultos viviam com diabetes em 2015. As previsões mostram, que caso o crescimento da doença continue nas proporções atuais, em 2040, mais de 642 milhões de adultos viveram com a doença.

No município, os números também são expressivos, sendo que cerca de 20 mil pessoas convivem com a doença. Os dados foram relatados recentemente à reportagem por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

Fatores de risco
O levantamento da organização mostra ainda que a doença no Brasil é predominante nas mulheres, estando presente em 8,8% delas e 7,4% dos homens. Entre os principais fatores de risco apontados, o excesso de peso, obesidade e inatividade física.

A maior preocupação é para o diagnóstico tardio, especialmente na diabetes tipo 2, pois as complicações provocadas pela doença já podem estar presentes. Entretanto, apesar das estimativas negativas, cerca de 70% dos casos de diabetes tipo dois, podem ser prevenidos por meio de hábitos mais saudáveis.

Ainda de acordo com a organização, o diabetes atualmente, mata mais pessoas que o câncer e a Aids juntos, no mundo todo.

Casos
Todos os dias, há seis anos, Cristina Andrade, 49 anos, chega do trabalho e já se prepara para aplicar sua injeção de insulina. Para ela que antes vivia um pânico de agulhas e fugia de exames, hoje o ritual virou rotina. Diagnosticada cedo, Cristina conta que não se espantou ao se descobrir diabética, devido a seu estilo de vida e genética familiar, mas receber a notícia não foi fácil.

— Em minha família, casos de diabetes são comuns, mas mesmo assim eu sempre tive uma alimentação maluca, com muitas gorduras, frituras e doces. Nunca fui adapta a atividades físicas e bebia muito, mas mesmo com todos os fatores apontando para o óbvio, nós nunca imaginamos que pode acontecer conosco— conta a costureira.

Cristina lembra ainda, que ao descobrir a doença, não estava disposta a mudar seu estilo de vida.

— Quando o médico me deu o diagnóstico eu saí da sala dizendo para minha irmã que não viveria refém da doença, não mudei meus hábitos alimentantes e continue bebendo, inclusive teve dias em que cheguei de reuniões com amigos depois de tomar algumas cervejas e apliquei minha insulina, até que os sinais começaram a se apresentar de forma mais agressiva e eu percebi que se não cuidasse, iria acabar morrendo — disse.

Depois de alguns sustos, Cristina hoje tem um estilo de vida exemplar, todo o dia sai às 6 da manhã para caminhar com suas amigas, sua alimentação é regrada e cortou todos os tipos de gordura de sua casa.

—Refrigerante, frituras e gorduras que antes eram presença constante aqui em casa, hoje não entram mais e o lado positivo é que minha filha está pegando o gosto por estes  cuidados também, e está se cuidado antes, para não chegar onde cheguei — concluiu.

Cuidados
Não existe uma prevenção exata para o diabetes, até porque, a doença pode ser causada por fatores genéticos, entretanto, algumas atitudes podem ajudar a prevenir ou controlar a doença.

Manter um estilo de vida saudável é o principal aliado no combate.. Praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação equilibrada e visitar o médico frequentemente para realizar o controle e evitar um diagnóstico tardio, são atitudes essenciais para ajudar na prevenção e controle da doença, segundo especialistas.

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