Jorge Guimarães
Os alimentos tiveram uma queda de preços, a chamada deflação, de 0,05% em outubro. É a segunda deflação consecutiva registrada por este grupo de despesas, já que em setembro os alimentos tiveram um recuo de preços de 0,29%. Os dados, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os principais responsáveis pela queda de preços dos alimentos estão o leite longa vida (com taxa de -10,68%, feijão-carioca (-8,79%), cebola (-6,48%), ovos (-4,77%), hortaliças (-4,45%), feijão-preto (-1,56%) e cafezinho (-1,07%). Apesar disso, as carnes tiveram aumento de preços de 2,64% no mês e formam o item individual que teve mais impacto na taxa de 0,26% do IPCA, a inflação oficial, em outubro.
Números
Outro grupo de despesas que registrou deflação foi o de artigos de residência, com queda de preços de 0,13% em outubro, depois de já ter tido redução de preços de 0,23% em setembro. Os transportes tiveram a maior taxa de inflação entre os grupos de despesas (0,75%), resultado influenciado principalmente pelos aumentos de preços do etanol (6,09%), da gasolina (1,22%) e das passagens aéreas (10,06%).
Gôndolas
Nas gôndolas dos supermercados da cidade, já se pode notar a que nos preços de alguns itens que até pouco tempo estavam sendo os grandes violões da inflação. Ontem em uma loja de rede de supermercados, o leite longa vida, de caixinha, era comercializado entre R$ 1,99 e R$ 2,49, sendo que o leite de saquinho saia por R$ 2,39. O feijão carioca, que há poucos meses chegou a bater na casa dos R$ 14 era encontrado com preços entre R$ 5,99 e 6,99, com destaque ainda para o preço do carioquinha, sem classificação, que estava R$ 3,99.
Segundo o economista Leandro Maia, os números da pesquisa refletem bem o que está ocorrendo em Divinópolis.
— Os números batem com recém pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas, ligado a Faculdade de Ciências Econômicas Administrativas e Contábeis de Divinópolis (Faced). O clima está favorecendo e isso reflete no custo de produção fazendo com que o preço de determinado alimento volte ao seu ponto de equilíbrio — observa Leandro.
— Vou aproveitar que o leite voltou a casa dos R$ 2 e levar um caixa. Temos que aproveitar, pois não sabemos qual será o preço daqui alguns dias. Mas pelas notícias o preço voltou mesmo ao normal — fala a aposentada Alice Maria Gonçalves.
