Musicoterapia no tratamento do autismo

Jorge Guimarães

A música sempre fez parte da vida de Welder Miranda, considerado o homem banda brasileiro. Também é musicoterapeuta e o seu trabalho no Instituto Semearte na cidade de Arcos vem conquistando famílias que procuram um tratamento para crianças diagnosticadas com o autismo. A Musicoterapia promove a comunicação, relacionamento, aprendizado, expressão, organização, entre muitos outros aspectos, da criança, indo ao encontro de suas necessidades físicas, mentais e sociais. Estes benefícios poderão ser alcançados em longo prazo, mas logo nas primeiras sessões pode-se notar o envolvimento do autista e os resultados alcançados são mantidos por toda a vida.

— Trabalhar com a musicoterapia em criança autista é muito prazeroso, pois me comunico com elas através da música. A cada caso, sessão e a cada segundo que passo com cada uma, me fazem aprender muito e me descobrir como pessoa — avalia Welder Miranda,

Canal
No trabalho com a musicoterapia, Welder Miranda cria um canal universal de comunicação com o mundo da criança autista e utiliza como elemento principal a única e verdadeira linguagem universal existente: a música.

— As aulas de musicoterapia são muito importantes para o desenvolvimento da criança, ajuda na coordenação motora. O espaço está muito bem equipado, no caso do Vitor que é autista, a decoração com letras musicais, números, brinquedos e instrumentos faz com que ele se interesse cada vez mais. Já peguei ele cantarolando dó, re, mi, fá, um encanto e um orgulho — diz a mãe de uma criança autista que faz aulas de musicoterapia, Luciana Moreira.  

Autismo
O autismo é um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo. Esta síndrome geralmente é diagnosticada entre os dois e três anos de idade, que é caracterizada por problemas na comunicação, na socialização e no comportamento, que faz com a criança apresente algumas características específicas, como dificuldade na fala e em expressar ideias e sentimentos, mal-estar em meio aos outros e pouco contato visual, além de padrões repetitivos e movimentos estereotipados, como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e para trás.

A música, cujo efeito sobre a mente é inegável, é muito utilizada em técnicas de relaxamento, apresenta a vantagem de ser muito apreciada pelas crianças com autismo e, por isso, a musicoterapia é a primeira técnica de aproximação com estas crianças. As experiências musicais que permitem uma participação ativa, ver, ouvir, tocar, favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças.

 

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