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Enquanto não se conhece o novo prefeito, problemas crescem

by Portalagora

Flávio Flora 

Enquanto não se conhece o desfecho da última eleição majoritária, Divinópolis vai vivendo dias de expectativa e incertezas. Não se trata apenas do trabalho da comissão de transição que, em outros tempos, já estaria percorrendo os meandros da administração municipal com o prefeito eleito e sua equipe básica; mas, também da capacitação e preparação dos novos ocupantes do novo governo municipal, para 2017-2020.

O trabalho da equipe de transição tomaria conhecimento da organização municipal, das pendências judiciais, das contas públicas (receitas e despesas), das situações de convênios, das ações e atividades das secretarias e demais órgãos auxiliares, obras inacabadas ou em vias de começar, projetos em andamento e um longo etc. Contudo, é a realidade econômica e política do município que vai ditar as adequações necessárias para atender às promessas feitas durante a campanha eleitoral. Problemas de grande monta esperam pelo novo executivo.

 

Aterro controlado

Considerada parte do saneamento básico, a gestão dos resíduos sólidos (lixos) não tem merecido a atenção necessária por parte do poder público. O destino final dos resíduos sólidos provenientes da coleta convencional é uma área inapropriada, localizada à margem da rodovia MG 345, que liga os municípios de Divinópolis e Carmo do Cajuru. O local é utilizado há pelo menos 25 anos, sendo, historicamente, um grande exemplo de descontrole técnico e ambiental.

 

Anel incompleto

Na Prefeitura, existem vários projetos estruturantes para o sistema viário urbano, sendo o mais importante o da complementação do anel rodoviário Tancredo Neves (implantação de avenida Transversal Sul, ligando a BR-494 ao aeroporto e prolongamento da rua Monte Líbano). Essa avenida tiraria do isolamento o aeroporto regional Brigadeiro Cabral, abriria caminho para a região do Hospital Regional Divino Espírito Santo, universidades, rodovia BR 494 etc.

 

Saúde ineficiente

Para a atenção primária, Divinópolis dispõe de 14 unidades de saúde tradicional, 18 unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e 2 EACS, configurando-se em 34 pontos de assistência, organizados territorialmente em 12 setores sanitários.

A fragilidade na assistência gera uma demanda por leitos hospitalares e situações desumanas no meio social, agravadas pela precariedade econômica do Hospital São João de Deus e pela paralisação das obras do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).

Os moradores qualificam a assistência à saúde local de forma muito negativa (“assistência ruim”, “UPA ineficiente com filas e atendimento ruim”, “mau atendimento da farmácia municipal” e “falta de médicos” etc.) e desejam que a atenção primaria no município seja fortalecida com “maior cobertura da ESF”, “melhoria da infraestrutura”, “profissionais motivados”, “aumento no número de médicos” e “qualidade nos atendimentos”.

 

Bairros abandonados

A lista por fazer, além do que foi prometido em campanha sobre segurança pública, saúde coletiva, melhor distribuição de benefícios fiscais para as produções culturais, tratamento do esgoto, incentivo empresarial, uma grande quantidade de bairros na periferia precisa ser retirada da precariedade em que vive há anos, convivendo com a falta de água e com esgoto a céu aberto, sujeito a doenças.

 

Promessas dos vitoriosos

Galileu Machado, o candidato que obteve mais votos mas ainda depende de decisão judicial do TSE para se considerar vitorioso, tem como metas, amplamente divulgadas em sua campanha, abrir novas unidades de saúde em regiões onde a assistência está precária, como do bairro São José. Em suas visitas de campanha, prometeu empenhar-se em levar à periferia um pouco dos benefícios esperados pela população mais pobre: saneamento, abastecimento de água, pavimentação, escolas etc. O candidato prometeu também instalar um Upa 24 horas no Centro e construir pontes sobre o rio Itapecerica para facilitar a articulação de bairros com a área central da cidade, além de medidas de segurança pública, maior cuidado com as ruas e praças.

Já o vereador Marquinho Clementino, em princípio, candidato mais votado, tem a segurança pública como sua principal meta político-administrativa, sendo esta a principal preocupação de governo. Além da criminalidade/ violência, o candidato focalizou sua atenção nas prováveis causas, especialmente relacionadas às drogas e aos conflitos familiares, tão frequentes nas situações de vulnerabilidade social. Em seguida, a saúde coletiva e seu grande desafio: fazer com que o Hospital São João de Deus e o Hospital Regional Divino funcionem. Quanto ao desenvolvimento econômico, que compete ao governo municipal estimular e incentivar, o olhar está voltado as pequenas indústrias locais, com destaque para a confecção e o turismo comercial.

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