Estudante de 12 anos vence concurso nacional e ganha medalha de bronze

 

Flávio Flora

A menina Ana Laura Faria Barros, 12 anos, aluna da Escola Estadual Otávio Olímpio, no Tietê (5o ano do Ensino Fundamental) participou da Quinta Olimpíada de Português “Escrevendo o Futuro”, e ficou em terceiro lugar entre os semifinalistas, sendo condecorada com uma medalha de bronze.

Seu texto foi construído a partir de uma entrevista com AmiraSouki, filha do comerciante libanês HalimSouki, benfeitor de Divinópolis, que deixou um rico acervo de imagens da cidade, fotografada por ele mesmo. A autora se posicionou como se fora Amira e, percorrendo as imagens do passado, construiu um “Retrato” de saudades.

— Nossa vida era muito diferente. E percebo isso apenas nas mudanças físicas pelas quais a cidade passou. Mudaram também os costumes, os sabores e os valores….  Os pasteizinhos de nata, o arroz com “mistura”, o café com rapadura e a carne na gordura feitos em casa com carinho de mãe, deram lugar às comidas servidas em restaurantes. Até o tempo parece ter mudado. Hoje tenho impressão de que ele passa voando” – escreveu Ana Laura.

O trabalho da divinopolitana teve orientação da professora Elizete Vilela Faria, que a acompanhou em sua estada em Fortaleza (CE), onde participou da fase regional (semifinal) do certame e foi selecionada entre 125 concorrentes, em sua faixa de idade, sendo condecorada com uma medalha de bronze (terceiro lugar) e premiada com livros de livre escolha.

Diferentes realidades

A Olimpíada “Escrevendo o Futuro” é um concurso nacional de redação para alunos de escolas públicas, voltado para quatro gêneros literários: poemas (para alunos de 5o e 6o anos do Ensino Fundamental); memórias (para 7o e 8o anos); crônicas (para 9o e 1oanos do Ensino Médio); e artigo de opinião (para estudantes de 2o e 3o anos do Ensino Médio).

O concurso busca levar às escolas, aos alunos e professores do Brasil todo a oportunidade de conversar com diferentes realidades.

— Ele possibilita uma reflexão do aluno sobre o lugar onde vive, possibilita que o professor tenha um conhecimento sobre a realidade dos alunos e com isso desenvolva uma maior empatia com essa realidade — afirma Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). O evento é uma iniciativa do Ministério da Educação/ Fundação Itaú Social.

Longo percurso

O “Retrato” de Ana Laura passou por vários processos de apuração. Começou na própria escola, antes de ser escolhida; depois, prosseguiu pelas etapas municipal e estadual, até chegar à etapa regional entre as 125 melhores redações, cujos primeiros lugares receberam medalhas de bronze e livros.

A última fase do concurso prosseguirá em Brasília (DF), no início de dezembro, quando 38 finalistas de cada gênero disputarão uma das cinco medalhas de prata, um tablet e livros, dados aos finalistas. A medalhas de ouro serão oferecidas ao ganhador de cada categoria, acrescida de notebook, impressora e laboratório de informática para sua escola.

Segundo informe do Cenpec “as comissões julgadoras são formadas por representantes de pais e alunos, membros da comunidade, especialistas de universidades, representantes de instituições parceiras, do MEC e da Fundação Itaú Social”.

 

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