Hospital já esteve para ser fechado, mas nova gestão mudou expectativa

Flávio Flora

Com o olhar em retrospectiva, o primeiro semestre de 2016 foi marcado por angustiante crise na área de saúde, com centro no Hospital São João de Deus, que afetou profundamente a assistência e atendimentos especializados pelo Sistema Único de Saúde de Divinópolis e de 55 outros municípios da região. UPA 24 horas teve acúmulo de demanda, usuários entraram em conflito e houve muitas mortes na espera.

 

Nos estertores

 Em 26 de julho passado, a situação chegou aos limites e foram dados passos decisivos em nova tentativa de solucionar a crise do São João de Deus. Ou mudava ou fechava. A Dictum, empresa administradora do hospital, estava por terminar com seu contrato em setembro, enquanto o promotor Sérgio Gildin se afastava da nova formação, agora acompanhada pelo seu colega Gilmar de Assis. O hospital operava com uma dívida estimada em R$ 130 milhões e com um déficit mensal de R$ 1,5 milhão.

Diante da situação, uma comissão interventora assumiu o empreendimento para implementar novo plano de ação, ao lado Ministério Público e com representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, do Município, do conselho curador, dos secretários municipais dos 54 municípios da região, além do Conselho Regional de Medicina.

 

Nova administração

A comissão não se responsabilizaria pela gestão do hospital, mas, sim, por apresentar diretrizes, objetivos, perfil assistencial e equilíbrio econômico para concretização de nova administração.

Parece que a mudança de direção foi um bom presságio para o Hospital, pois, dois dias após o anúncio da nova gestão, Divinópolis recebeu a visita do ministro da Saúde Ricardo Barros (PP). A autoridade veio inaugurar um equipamento para exames, o acelerador linear, adquirido para o Hospital do Câncer.

 

Hospital não fecha

Na oportunidade, o ministro Ricardo Barros reuniu-se com lideranças políticas e representantes da área da saúde de toda região e ouviu as demandas e dificuldades enfrentadas.

Um dos momentos marcantes do encontro aconteceu quando o frei Augusto Vieira, da Ordem Hospitaleira, confirmou oficialmente a retirada da Ordem do Conselho Curador para permitir maior participação da sociedade organizada e pediu que o ministro trouxesse uma esperança para esta nova fase. Em resposta, Barros afirmou que o governo federal não deixaria o Hospital São João de Deus fechar e que, em agosto, haveria uma liberação de recursos. 

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