Essa tal felicidade

Leila Rodrigues

 

Encontrar um parceiro ou parceira é, para muitos, um pré-requisito obrigatório para a felicidade. Faz parte do “pacote de realização” encontrar o seu par. Pergunto se o que as pessoas realmente procuram é um parceiro ou o lacre que faltava neste tal pacote?  

Independente do propósito é nítido como o ser humano naturalmente procura seu par. Alguns facilmente encontram e outros passam a vida à procura.  Não importa se você está à procura de alguém ou se já encontrou esse alguém, se vamos falar de felicidade, o que eu vou dizer aqui cabe para qualquer um. Velhos, novos, homens, mulheres, enfim, cabe para mim e cabe para você. A felicidade é responsabilidade de cada um de nós. Sozinho. Isoladamente. A felicidade é solitária! Sim, é verdade, a felicidade é solitária. 

As pessoas realmente felizes não são, necessariamente, as que têm alguém, as que têm dinheiro, as que tem poder nem as que têm mais ou menos sofrimento.  

A pessoa verdadeiramente feliz tem a felicidade como premissa e não como fim. Ela começa feliz. Ao contrário de outros que vivem enxergando a felicidade como uma luz no fim do túnel que um dia vai chegar e este dia nunca chega.

A pessoa feliz é feliz com ela mesma e por ela mesma e isso não é egoísmo, isso é propósito de vida. A pessoa feliz sabe que o amor é solitário e que nossas escolhas, assim como as consequências, são solitárias. 

A pessoa feliz de verdade é feliz enquanto constrói, ao contrário de outros que vivem à espera da “casa pronta” que vai trazer felicidade. Felicidade também é construção, é caminho, é trilha.

A pessoa feliz sabe que precisa dos outros e faz questão de também colaborar com os outros e jamais confunde essa ajuda mútua com transferência de responsabilidade. A pessoa feliz sabe amar, sabe se doar e sabe dividir; mas sabe também que isso não significa possuir ou ser propriedade de alguém. A pessoa feliz também sofre, sente dor e tristeza. Mas sentir não significa ser. Sentir pode depender da circunstância, de fatos. E ser, depende de querer adotar para si.

Podemos caminhar juntos, de mãos dadas, pela mesma trilha. Mas não posso me responsabilizar pelo seu sucesso ou fracasso, porque não vivo as suas dores, não amo os seus amores.  Me limito a este espaço que fica do lado de fora de você. E aí dentro de você, tem um infinito que é só seu. Assim como em mim, um universo particular. 

leilarodrigues-palavras.blogspot.com.br  

 

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