Gean Carlos Ferreira (Dunga)
Depois da grande tristeza da tragédia com a equipe da Chapecoense, o futebol brasileiro teve um jogo oficial. E foi logo uma decisão: Grêmio e Atlético Mineiro duelaram na Arena Grêmio em Porto Alegre no jogo de volta da final da Copa do Brasil.
Com uma grande vantagem conquistada na partida de ida em Belo Horizonte, quando a equipe gaúcha venceu os mineiros por 3×1, o Grêmio jogou a maior parte do tempo com o regulamento debaixo do braço.
Com uma linha de marcação do meio de campo para trás, a equipe de Renato Gaúcho neutralizava qualquer armação do time atleticano, impedindo que o Galo chegasse com perigo ao gol de Marcelo Grohe. Quando atacava, o Grêmio era rápido e muito perigoso. Em um lance no final do primeiro tempo, o meia Douglas tocou de calcanhar para Éverton, que saiu na cara do goleiro Victor, mas finalizou mal, em cima do arqueiro, que fez uma grande defesa.
Gol e golaço
Na segunda etapa, o panorama da partida continuou o mesmo: com o Atlético em cima, até porque tinha que fazer três gols de diferença para ficar com o título. Porém, inteligentemente, o Grêmio cadenciava o jogo e saía só na boa, nos contra-ataques.
Quando o jogo caminhava para o 0x0 o tricolor gaúcho abriu o placar com o atacante Bolaños, que tinha acabado de entrar na partida. Isso aconteceu aos 43 minutos do segundo tempo.
Esse gol selou o título gremista. No entanto, os mais de 55 mil torcedores que compareceram à Arena ainda presenciaram uma verdadeira obra-prima do futebol. O meia equatoriano Cazares, que também entrou no jogo na etapa complementar, simplesmente fez um golaço para o Galo. Ele recebeu a bola ainda no seu campo de defesa e, antes do meio-campo, chutou de longe – mas de muito longe – e encobriu o goleiro do Grêmio Marcelo Grohe. Fez, assim, um gol que Pelé tentou e não conseguiu, e empatou a partida.
Final de jogo Grêmio 1×1 Atlético. No placar agregado dos dois jogos: Grêmio 4×2 Atlético. E Grêmio de Futebol Portalegrense pentacampeão da Copa do Brasil.
