Um ano perdido
Na noite de ontem (escrevo a coluna, antes do término da partida na Arena Grêmio) o Atlético jogava suas últimas fichas para não terminar o ano em branco, sem que a torcida pudesse comemorar uma conquista sequer. E mesmo que tenha acontecido a virada, os atleticanos não têm muito a festejar. Muito pelo contrário.
A diretoria formou um elenco (pagando salários astronômicos) para conquistar todos os torneios que disputasse na temporada. Mas aconteceu justamente o inverso. O Galo ficou pelo caminho em todas as competições das quais participou. O time mostrou-se forte apenas no papel, porque no campo de jogo foi um fiasco total.
2016 foi um ano para ser esquecido pela Massa, e ponto final.
Segunda temporada sem conquistas
Se o atleticano termina o ano sem ter o que comemorar, para o torcedor cruzeirense as coisas foram ainda piores. A esquadra celeste chega à sua segunda temporada seguida sem ter o que festejar. Foram dois anos inteiros perdidos, com quase nada a se aproveitar para o futuro.
E olha que as coisas só não ficaram piores porque Mano Menezes assumiu a equipe na reta final do Campeonato Brasileiro e evitou que a Raposa caísse, pela primeira vez em sua história, para a Série B.
E foi no alto comando, na diretoria, com suas apostas erradas, que o Cruzeiro cometeu os erros fatais. O presidente Gilvan do Pinho Tavares apostou no cavalo errado, e foi o torcedor azul quem teve que pagar o preço
Diretorias devem rever conceito
Tanto no caso do Atlético, como no do Cruzeiro, as diretorias pisaram sim na bola, e a elas deve ser debitado grande parte do insucesso das equipes na temporada. Não dá para “tapar sol com peneira”, os erros começaram em cima e refletiram no rendimento das equipes em campo.
Agora, a esperança que fica é que os dirigentes tenham aprendido com os próprios erros, para escrever uma nova história em 2017. Este tem que ser o pensamento das duas diretorias.
MANGUEIRAS BRASIL
Inter está trocando Vitórias
Que me perdoem oscolorados que moram em Divinópolis, mas esta história do Internacional querer se livrar do rebaixamento via “tapetão” é mesmo o fim da picada, e este papo já está é enchendo o “saco” mesmo.
Os colorados deveriam era cair na real, e assumir de uma vez por todas que a realidade é uma só: faltaram foram os pontos ganhos com “vitórias” dentro das quatro linhas, e não aqueles que foram conquistados com muito suor pelo “Vitória”, rubro-negro baiano.
A palavra pode ser até a mesma – Vitória – mas seus sentidos são distintos.
50 anos de história
Foi no dia 7 de dezembro, do ano de 1966, que o Cruzeiro conquistou o primeiro grande título da sua história, a Taça Brasil, que hoje foi unificada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e passou a ser o primeiro campeonato brasileiro a ser conquistado pelo time azul e branco das Minas Gerais.
Numa noite fria e de chuva em São Paulo, o Cruzeiro venceu o todo poderoso Santos, de Pelé e Cia, por 3 tentos a 2, de virada, com gols de Tostão, Dirceu Lopes e Natal, num torneio que reescreveu a história do clube do Barro Preto, e levou a Raposa a estampar todas as manchetes esportivas do País e do mundo.
Uma semana antes, na partida de ida daquela final, o time estrelado já havia feito história, ao golear o Santos, no Mineirão, por 6 a 2, com direito a show de bola do garoto Dirceu Lopes e 5 a 0 apenas nos primeiros 45 minutos de jogo.
Clássico será atração no Módulo II
Saiu a fórmula de disputa do Módulo II, do Campeonato Mineiro de 2017, e novidades aguardam os torcedores da região Centro-Oeste das Minas Gerais, que verão três clubes de cidades vizinhas brigando pelas vagas na fase de classificação para o hexagonal.
Num mesmo grupo estarão, além do Guarani de Divinópolis, o Formiga e o Betinense, o que antecipa grandes duelos para o início da próxima temporada.
Com o Betinense, o Bugre não tem uma grande história, a não ser a parceria que firmaram para a disputa da Segunda Divisão do estadual deste ano, mas já com o Formiga a rivalidade vem de outros carnavais, com os times já tendo travado duelos que entraram para a história do futebol da região.
Em termos técnicos e financeiros, a divisão dos grupos ficou na medida certa, e o Guarani terá tempo mais do que suficiente para armar um time à altura para o hexagonal decisivo. Como se classificam três entre seis times em cada grupo, acredito que o Bugre não vá encontrar dificuldades em passar de fase, não.
Mas como ninguém vence de véspera, é bom que a diretoria, o técnico Flávio Lopes, e todos que estão envolvidos no projeto de levar o Bugre novamente à elite do futebol mineiro, tratem de arregaçar as mangas e fazer o seu melhor já a partir de agora, de ontem.
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