Pablo Santos
Após seis meses com percentual acima de 40% do salário mínimo, a cesta básica em Divinópolis chega ao percentual de 39% do salário mínimo, atualmente de R$ 880. A queda de 4,30% dos alimentos em novembro foi primordial para o declínio na participação do vencimento mensal dos itens básicos. Atualmente, os 13 itens custam na cidade R$ 343,78.
Conforme o levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupec) da Faced, em junho, a cesta básica consumia 42,15% do salário mínimo. Foi neste período também o maior valor da história da cesta básica na cidade: R$ 370,93.
No mês seguinte, a participação dos alimentos no mínimo registou queda e chegou a 40,25%. Em agosto, voltou a subir para 41,04% e, em setembro, 41,72%. Já em outubro, voltou a cair para 40,82%.
Com o novo valor da cesta básica custando R$ 343,78 em novembro, a participação da cesta básica no salário mínimo ficou em 39,07%, de acordo com os dados do Nupec.
Abril deste ano registrou o menor resultado no percentual do mínimo: 37,55%.
Além da queda no percentual no vencimento mensal do divinopolitano, o tempo de trabalho para conseguir os alimentos básicos caiu. De acordo com os dados do Nupec, são necessárias 85 horas para o trabalhador comprar todos os alimentos da cesta básica. No mês passado, seriam necessárias 89 horas.
13 alimentos
O conjunto de alimentos é composto por 13 alimentos. No mês passado, nove itens básicos registraram queda de preço em novembro, quando comparado com outubro. O feijão registrou o maior declínio: 19,53%, acompanhado do tomate (-12,10%), batata inglesa (-10,87%), café em pó (-2,96%), açúcar cristal (-2,79%), leite tipo C (-2,76%), banana caturra (-2,64%), carne de segunda (-2,28%), arroz (-0,91%) e pão francês (-0,87%).
Quatro itens registraram alta de preço em novembro quando se confronta com outubro. Farinha de trigo com acréscimo de 3,71% e na sequencia óleo de soja (3,37%), açúcar cristal (2,79%), manteiga 750 gr. (2,40%).
Histórico
Com declínio de 4,30% em novembro, a queda da cesta básica do mês passado somente perde para julho, quando a queda foi de 4,51%, de acordo com o Nupec.
Somando a retração de novembro (4,30%) e de outubro (2,15%), os itens básicos da alimentação somam 6,45% de queda em dois meses.
Em contrapartida, nos últimos 12 meses, o custo da cesta aumentou (10,69%), variando de R$ 310,59 para os atuais R$ 343,78.