Arrecadação de ICMS na região cai 6,75%

Pablo Santos

O Governo de Minas Gerais recolheu, no ano passado, 6% menos do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) nas indústrias do Centro-Oeste na comparação com o ano anterior. A indústria da transformação é o maior gerador do imposto com 94% de participação, de acordo com os números da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Conforme o levantamento da Fiemg, o Centro-Oeste gerou com o imposto para os cofres do governo estadual R$ 948 milhões no ano passado. Já no exercício anterior, o recolhimento do ICMS injetou receita de R$ 1 bilhão para o governo. De acordo com a Fiemg, o declínio foi de 6,75%.
Dividido por setores, a indústria da transformação gera o maior valor de ICMS para o governo mineiro, com R$ 893,4 milhões, representando exatamente 94,2%. A indústria extrativa está logo em seguida, com 4,9% dos R$ 948 milhões.
Com 0,8% do percentual gerado de ICMS, ficou Serviços Industriais de Utilidade Pública. A construção civil tem apenas 0,1% do total recolhido de ICMS gerado.

Cidades
São analisadas 76 cidades pela Fiemg na região Centro-Oeste. Três municípios concentram o maior volume de ICMS injetado para o governo mineiro. Juatuba é o principal município, com 37% dos R$ 948 milhões gerados pela região. Divinópolis ficou na segunda posição, com 10,2%, e Arcos é o terceiro município, com 6,7%.
De acordo com os dados da Fiemg, o Centro-Oeste participa com 5,2% do ICMS Industrial de Minas Gerais.

MG
Segundo dados do Governo de Minas Gerais, em 2015, a arrecadação do ICMS, principal fonte da receita estadual, injetou R$ 37,156 bilhões nos cofres estaduais, enquanto em 2014 o recolhimento do imposto somou R$ 37,491 bilhões, com recuo de 0,9%. Porém, a queda chegou a 11,5%, quando descontado o IPCA do exercício (10,67%).

A retração no recolhimento do ICMS é a principal responsável pela redução na arrecadação total do Estado para o acumulado de 2015.
Segundo os dados, a indústria mineira arrecadou R$ 19,112 bilhões de ICMS em 2015 e foi o maior gerador do imposto entre os setores da economia, com participação de 51,3% no total arrecadado no estado. Na comparação com o recolhimento de 2014 (R$ 20,724 bilhões), o parque produtivo recolheu 7,8% a menos no ano passado.

O maior recolhedor de ICMS dentro do parque industrial foi a atividade de produção de combustíveis: R$ 7,312 milhões em 2015, representando participação de 38,2% dentro do setor.

Related posts

Com vagas para Divinópolis e região, ‘Trilhas de Futuro’ abre inscrições 

Indústria cria menos vagas de trabalho, mas paga salários mais altos

Cesta Básica tem redução de 4,76% em comparação a julho