Chega a vez da “Geração Smartphone”

Comportamento

  

Jorge Guimarães

 

Uma roupa que está em alta, uma marca da moda ou um acessório que todo mundo usa quase sempre estiveram entre os principais desejos dos adolescentes. Agora, dados mostram um número considerável de jovens que dão importância muito maior aos seus smartphones do que qualquer outro item. Antes, alguns jovens e adolescentes não podiam nem pensar em usar uma calça jeans da coleção passada. Hoje em dia, um número cada vez maior deles considera que mandar uma mensagem de um celular ultrapassado é pior ainda. A até então chamada “Geração Coca-Cola” agora poderia atender pelo nome de “Geração Smartphone”. Wi-Fi; GPS; MP3; MP4; Bluetooth; WhatsApp, entre outros, são palavras ou siglas comuns nos diálogos do dia a dia. Com isso, é comum se ver em mesas de bar, no ônibus e até dentro das salas de aula que as pessoas não conseguem ficar um minuto sequer sem olhar para seus celulares.

O uso do telefone já se consolidou como o principal meio para acessar a internet no Brasil. É o que mostra o Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divulgado na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, 92,1% dos domicílios brasileiros acessaram a internet por meio do telefone celular, enquanto 70,1% dos domicílios o fizeram por meio do microcomputador. Em 2014, o acesso à internet (80,4% dos domicílios) por meio do celular também foi predominante em relação ao uso do computador (76,6% dos domicílios).

 

Apego

 

Nos dias atuais, quem não está trocando mensagens ou tirando fotos está postando imagens em redes sociais. A estudante Thainara Silva, de 20 anos, não esconde o apego ao aparelho.

– Meus amigos vivem reclamando que, quando saio com eles, não desgrudo do telefone, seja num restaurante ou barzinho, em casa nem se fala. Eles até brincam dizendo que eu sempre entro “no modo celular” – contou.

– É assim o tempo todo, seja em casa, no trabalho ou no supermercado – entregou o amigo Paulo César.

Thainara, porém, não se irrita com essa “fama”.

– Não consigo largar. Meu celular avisa toda vez que recebo um e-mail ou recado no Facebook. E eu sempre quero ver qual é a novidade – admite.

 

Concorrência

 

Para atender a tamanha demanda, os fabricantes, numa desenfreada concorrência, investem cada dia mais em novos aparelhos. Num piscar de olhos, o que era novidade para o Natal já vai estar ultrapassado.

– Atualmente, não podemos classificar somente os jovens, é uma revolução que atingiu pessoas de idades de 8 a 80, principalmente os executivos que precisam lidar com suas agendas, compromissos, reuniões e conferências on-line. O mundo eletrônico está numa velocidade astronômica em relação a lançamentos de novos aparelhos e aplicativos. A procura é sempre pelo aparelho que proporciona melhor imagem, processamento de dados e que traz mais recursos – revela o gerente Breno Francis, responsável por uma loja no Centro cuja especialidade são aparelhos da Apple, mas que também atende outras marcas.

– O crescimento previsto é de uma média de 10% em vendas até o final do ano, pois é de praxe os fabricantes realizarem lançamentos na primeira quinzena de novembro, o que faz a felicidade não só nossa, mas de muita gente para as compras de fim de ano — explica o gerente.

 

Acessórios

 

Por ter “um valor agregado”, a maiorias dos usuários adquire acessórios de proteção para seus aparelhos. São capas dos mais variados tipos e cores, além da proteção em película comum e película de vidro temperado.

– São inúmeras inovações no setor. É realmente um mundo que gira à velocidade da luz e não podemos ficar para trás – finaliza Breno Francis.  

 

 

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