Leila Rodrigues
Há quem aproveite a virada para rever a vida, fazer promessas e refazer expectativas. Há quem aproveite a virada para comer e beber, assim como há quem vai dormir como se fosse um dia qualquer. Não importa se vocêê pulou ondas, se assistiu a uma grande queima de fogos, se estava na cobertura de um lindo apartamento em frente ao mar, ou dentro de um templo fazendo suas orações. O ano mudou e agora, quer queira, quer não, temos de enfrentá-lo. Gosto disso. Ninguém pediu e o ciclo se renovou assim mesmo… O ano é novo para todos nós!
E aí? Vai fazer o quê? Vai sair fazendo tudo diferente do que sempre fez até ontem? Vai cumprir todas as suas promessas ou reatar aquele amor que você deixou passar? Vai se tornar uma pessoa mais paciente, vai fazer atividade física e comer menos? Há tanto a se fazer que poderíamos ficar aqui discutindo as possibilidades até amanhã.
Então, dizemos aquela frase clássica: “Ah, mas isso não é tão simples assim!”. Se fosse fácil, bastaria lermos as mensagens que recebemos no Natal e fim do ano. Todas elas têm motivo de sobra para tomarmos uma atitude. Porém, sabemos que é preciso mais do que uma virada de ano para nossos desejos virarem prática. É preciso uma virada interior para que criemos a coragem necessária para as nossas atitudes. E, muitas vezes, é preciso que a vida nos chacoalhe forte para a coragem chegar.
Mas até quando vamos esperar esse chacoalhão da vida? Um acidente, uma doença, a perda de alguém querido? É isso que estamos esperando para agir?
Muitas vezes, pensamos, pensamos e não conseguimos sair do pensamento. Agimos na impulsividade ou na passividade, dois extremos que só prejudicam o andamento de nossas vidas. O impulsivo volta rápido porque não planejou, não analisou os riscos, não pensou nas consequências e o passivo não sai do lugar porque pensou demais nessas mesmas consequências.
O equilíbrio não é privilégio dos deuses. Viver é um eterno equilibrar-se entre as nossas vontades e nossas atitudes. É preciso agir, sim. Começar de alguma forma, respeitando o nosso ritmo, nosso jeito e por onde for mais fácil começar. Os motivos estão aí ao nosso dispor e cada um de nós, melhor do que ninguém, sabe a diferença que as atitudes podem fazer em nossa vida. É uma questão de escolha. Estamos esperando o quê? Bora viver! Eu garanto a você que é melhor que ser um espectador!
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