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Feliz ano velho e boas entradas

by Portalagora

Coluna Carlos Brickmann

 

 

Pois não é que, apesar de tudo, dá para chamar 2016 de Feliz Ano Velho? A população foi para a rua, mostrou que estava farta do PT, deu forte apoio à apuração da ladroeira, usou contra Dilma expressões mais habituais a protestos contra juízes de futebol, e ganhou a parada, tirando-a da Presidência. Nas eleições de outubro último, o PT foi varrido do poder. E boa parte dos Guerreiros do Povo Brasileiro foi parar em Curitiba.

Petistas de peso foram desidratados e perderam seus cargos. Outros trocaram de partido – incluindo alguns ícones como Marta Suplicy e Cândido Vaccarezza. Outros ainda não sabem o rumo que vão tomar, como José Genoíno. E Dilma? Como é difícil escolher os próximos passos, quando nem o Grão Cacique Luiz Inácio Lula da Silva sabe o que fazer.

Lula pode ser candidato à Presidência, com algumas chances (se bem que arrastando uma inédita rejeição, que até agora jamais um candidato como ele tinha sustentado). Há também o risco de ser condenado em segunda instância num dos cinco processos em que já é réu. Condenação em segunda instância implica prisão e suspensão de direitos políticos. Candidatura, nesse caso, nem pensar.

Inflação em alta, emprego em baixa, negócios paralisados. Mas abriu-se caminho para apurar a gatunagem, para o saneamento das finanças estatais e a fixação de limites aos gastos públicos. Feliz Ano Velho, apesar de tudo!

 

Festa brava

 

A farra da mexerica, eta festa boa! Toda a população acredita que os candidatos devem fazer campanha com seu próprio dinheiro. Mas quem é que se contenta em gastar o próprio dinheiro, se o dinheiro do governo está à disposição de gatos, ratos e gatunos? O Fundo Partidário rendeu aos partidos, em dez anos, pouco mais de R$ 3 bilhões. PT, PMDB e PSDB, neste período, molharam as mãos em algo como 350 a 450 milhões cada um. Acharam pouco: em dezembro de 2014, o Fundo triplicou. Fique tranquilo o caro leitor: não faltará dinheiro público, nosso, para que os partidos deles façam campanha sem dificuldades financeiras.

 

Triste futuro

 

Cuba se recusa a reconhecer o governo brasileiro do presidente Michel Temer. Cuba se recusa a receber as credenciais do embaixador do Brasil, Frederico Duque Estrada. E o embaixador cubano no Brasil, Alberto Castellar, ainda não entregou suas credenciais. Como poderá o Brasil sobreviver sem relações diplomáticas com Raúl Castro?

 

Cena curitibana

 

Há coisas que só acontecem na política paranaense. Por exemplo, a troca de insultos entre o senador Roberto Requião e seus adversários políticos. No início de dezembro, Requião tinha dito que quem tivesse participado de passeatas contra o PT deveria comer alfafa, muita alfafa, ao natural ou em chá, própria para muares e equinos. Há uma semana, o jogo virou. Numa esquina curitibana, manifestantes depositaram um fardo de alfafa; e pediram que quem achasse que Requião deveria comê-lo buzinasse.

O barulho tornou-se ensurdecedor por todo o tempo que durou a manifestação. Requião foi amplamente derrotado na Batalha da Alfafa. Ele não devia se envolver na briga: afinal, foi ele que andou mascando mamona.

 

Jornal Livre

 

Há uns 30 anos, o grande repórter Lúcio Flávio Pinto, meu colega de Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo, teve uma ideia revolucionária: lançou em Belém o Jornal Pessoal, uma publicação em defesa da Amazônia.

Anúncios, não; publicidade, nenhuma. A única receita é obtida pelas vendas em bancas. Agora é preciso levar-lhe um aporte de capital – ou o jornal, o único realmente independente do país, fecha as portas.

 

A volta de Frankenthal

 

Seu pai, Leonardo Frankenthal, era conhecido como Leão do Júri; dizia sua lenda que ele perdera apenas um júri na vida, Quando morreu, sua filha e discípula Lilia Frankenthal decidiu retomar a notável carreira do pai. Neste 1º de janeiro, já com a carteira da OAB em mãos, reabre o escritório, com os telefones 9 8317-5800 e 4801-4907, e o e-mail lilia@frankenthal.adv.br.

 

Dois livros notáveis

 

Dois lançamentos simultâneos: de Aristóteles Drummond, “O homem mais realista do Brasil, as melhores frases de Delfim Netto”; de Ives Gandra Martins, “Uma breve teoria do poder”. Os dois livros compõem um excelente presente de começo de ano.

 

Comente: carlos@brickmann.com.br.

Carlos Brickmann é o editor responsável pelo site Chumbo Gordo

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