Nomeações interessantes

 

Nenhum governante, ao assumir, deixa de dar uma mexida boa com as pessoas que irão trabalhar com ele nos próximos anos. Mesmo quando um prefeito é reeleito, parece obrigatório que se dê uma mexida, para a máquina, que já andava meio desgastada, sofresse um empurrão. “Pegar no tranco, nunca”, costumava dizer um ex-prefeito divinopolitano. É preciso que haja novidades, muita graxa, pois o desgaste dos anos será violento. As nomeações recentes de Galileu mostram isso.

 

Sacudiu bem!

 

A mexida parece ter sido boa. Os nomes são bons, conhecidos, e quem está acostumado com o meio político sabe exatamente quem vai fazer o que, onde e quando. Todos se conhecem de outros carnavais, de outras jornadas vitoriosas ou não. O tempo fez aparecer caras novas e outras que já foram assim, e agora amadureceram. Mas o certo é que o prefeito deu uma sacudida boa e terá como cobrar, pois entende do assunto, sabe o que quer, mas ainda não sabe quase nada do que lhe espera. As contas ainda não lhe foram apresentadas, as folhas com eles estão sendo repassadas, conferidas, para se traçar um plano que não teve tempo de ser concebido, em razão dos problemas jurídicos enfrentados pelo agora prefeito.

 

Demorou muito

 

Se tudo estiver certo mesmo, dentro das explicações de Vladimir Azevedo sobre o caso Copasa, ele terá alguma dor de cabeça para explicar pelo menos duas coisas: por que um plano estava sendo feito sem que ninguém soubesse dele, e por que somente o fez publicar no último instante do seu mandato. De férias, mas com este problemão pela frente, Vladimir tem lido tudo a respeito e, claro, perdido um pouco do seu descanso. Na volta, dentro de uma ou duas semanas, ele convocará os seus ex-auxiliares para ajudá-lo na tarefa de explicar o acontecido. Trabalho indigesto e que poderia ter sido passado para Galileu. Uma batata quente pela frente, sem qualquer necessidade.

 

Quanto vale um preso

 

No Amazonas, onde aconteceu uma chacina que mais parece uma “desova”, o custo de cada preso é de aproximadamente R$ 5 mil por mês. Certo? –Absolutamente certo. Pensava-se que o custo Brasil para preso andava pela casa dos R$ 2,4 mil por mês. Houve gente na internet que chegou até a fazer conta: 100 presos mortos, um “desconto” de R$ 240 mil por mês ou R$ 2,88 milhões por ano, nas contas do estado. Em 10 anos, quantas escolas, postos de saúde, etc., não estariam funcionando?!

 

Fúnebre e indigesta

 

Existe muito pouco investimento em presídios, por isso eles vivem superlotados. No país, são quase 500 mil presos, o que provoca um rombo de alguns bilhões de reais por ano, e seria muito maior o rombo, se os presídios fossem adequados, construídos com um pouco de humanidade. Todos querem os criminosos presos, mas não há como mantê-los. Chega-se a pensar que o descaso, os motins e as mortes têm tudo a ver com as despesas mensais, obrigatórias aos estados, que também estão depenados, sem dinheiro para pagar até quem deveria tomar conta dos prisioneiros.

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