Cuidados com o Aedes no verão devem ser redobrados

Rafael Camargos

É no verão que se criam as maiores condições de temperatura e umidade para a reprodução do mosquito Aedes aegypti por causa das chuvas. Ele é o transmissor da dengue, zika e chikungunya; por isso, os cuidados para combater o inseto devem ser redobrados nesta estação.

O supervisor-geral do Controle de Endemias, da Vigilância Municipal de Saúde, Juliano Cunha, explicou à reportagem que a época é própria para a reprodução da fêmea do Aedes, e as chuvas de verão contribuem para isso.

— Divinópolis já estava com um alto índice de infestação, como divulgado no último Liraa, em outubro. A média considerada normal pelo Ministério da Saúde é de 1% e a cidade registrou 1,6%. Estamos 0,6% acima da média estipulada. Com este período chuvoso, até janeiro, os números podem aumentar — explicou.

Casos na cidade
Segundo o levantamento do Controle de Endemias, foram 75 casos notificados de zika, sendo que 42 foram confirmados por meio de exames. Dezesseis casos de chikungunya até o dia 24 de novembro. Um deles foi confirmado.

Destes casos, 323 foram no Centro; 237 no bairro São José; e 180 no Bom Pastor. O bairro Campina Verde registrou o único caso de chykungunya. Já no São José, são sete registros de zika vírus.

A prefeitura irá realizar, ainda neste mês, um novo Liraa. O resultado do último mostra que o município, como um todo, está em um parâmetro de situação de médio risco para epidemia, de acordo com o Ministério da Saúde.  A região Norte, com índice de infestação de 2,80%; região Nordeste, 2,77%; região Central, 1,70%; e Sudeste, 1,28%, encontram-se em situação de médio risco de epidemia. As regiões Oeste, com infestação de 0,96%, e Sudoeste, com 0,42%, estão em situação de baixo risco de epidemia.

Recomendações
De acordo com Juliano Cunha, a principal recomendação é eliminar locais de água parada, onde o mosquito deposita suas larvas. É preciso estar atento a vasos de plantas, pneus velhos, bacias e outros recipientes que possam armazenar água.

No país
Os casos de dengue e zika no Brasil devem se manter estáveis neste ano em relação ao ano passado, enquanto as infecções por chikungunya devem aumentar ainda mais. Este é o cenário previsto por especialistas do Ministério da Saúde para 2017.

Dados do governo revelam que, em 2016, foram registrados 1,4 milhão de casos de dengue contra 1,6 milhão no ano anterior, além de 211 mil casos prováveis de infecção por Zika (não há comparativo com o ano anterior porque os dados só começaram a ser coletados em outubro de 2015).

Em relação à febre chikungunya, os registros apontam para 263 mil casos em 2016 contra 36 mil no ano anterior – um aumento de cerca de 620%. — O mosquito pica alguém, recebe o vírus e passa para outra pessoa. Como cresceu o número de pessoas que têm [o vírus], entendemos que haverá uma ampliação [dos casos] — explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

 

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