Pablo Santos
A entrada de produtos estrangeiros em Divinópolis atingiu o menor resultado em sete anos. Conforme os números disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a queda foi de 46,35% em 2016, no confronto com o exercício anterior. China e Paraguai são os principais parceiros comerciais. O arroz e os tecidos são os itens mais importados pelo município.
De acordo com os dados apresentados pela Secex, os produtos importados por Divinópolis somaram US$ 15 milhões no ano passado. No ano anterior, a entrada de produtos estrangeiros atingiu a cifra de US$ 28 milhões. A redução da renda diminui a demanda por produtos e serviços importados. A recessão na economia e o dólar em um patamar relativamente alto também contribuem para a queda das importações.
O desempenho do ano passado é o pior resultado das importações desde 2009, quando entraram US$ 12,7 milhões de itens estrangeiros na cidade.
Depois de 2009, as importações mantiveram números superiores com crescimento. Em 2010, as importações somaram US$ 28 milhões e, no ano seguinte, caiu para US$ 25,6 milhões. Em 2012, a cidade importou US$ 27,6 milhões de itens estrangeiros e, em 2013, foram enviados para a cidade outros US$ 28,1 milhões. O melhor resultado das importações foi registrado em 2014, quando foram negociados por Divinópolis US$ 31,2 milhões.
Países
Dois países faturam mais com as importações. China e Paraguai concentram quase 80% do faturamento de 2016. O país asiático faturou no ano passado US$ 8,7 milhões com Divinópolis, representando 58% de tudo que foi enviado para o município.
Numa proporção menor, o país vizinho vendeu para a cidade US$ 3,2 milhões de itens, ou seja, 21,53% das importações concretizadas pela cidade.
Quando se compara com o ano passado, a China vendeu 34% a menos em 2016 e o Paraguai, 30%, de acordo com a Secex.
Itália com US$ 496 mil, Uruguai (US$ 464 mil) e Alemanha (US$ 412 mil) foram os outros países com maior volume de vendas para a cidade.
Brasil
As importações brasileiras vêm registrando uma redução no ritmo de queda. No primeiro trimestre de 2016, a diminuição no valor médio diário das importações foi de 33,4%. No fechamento do ano, a queda foi de 43,1% no valor das importações de combustíveis e lubrificantes em 2016, influenciada pela redução da atividade econômica do Brasil e pela queda no preço desses produtos.