Elismar José Alves
Se recorrêssemos à mitologia grega, encontraremos o Herói Heracles, que era filho de Zeus (pai de todos os deuses e homens). Já seu nome em latim dado pelos antigos romanos foi Hércules.
Heracles reunia grande força e sagacidade, sendo o mais célebre de todos os heróis, visto que era um homem que lutava implacavelmente contra as forças adversas e sempre se sobressaía com enorme força e coragem.
No Mito de Hércules, destacam-se os famosos “doze trabalhos de Hércules”. O primeiro deles foi o de matar o leão da Neméia, que, segundo os gregos, era uma criatura que habitava a planície de Neméia, na Argólia, e aterrorizava toda a região. A terrível fera não podia ser morta por um homem normal por ter couro de material impenetrável para os mortais humanos. E todos os que tentavam enfrentá-lo ficavam completamente aterrorizados pelo seu rugido, que podia ser ouvido a quilômetros de distância, e acabavam sendo todos devorados.
Segundo algumas versões, o leão da Neméia, era filho de seu Pai Tifão, a quem imputava os gregos a paternidade dos ventos ferozes e violentos. E da mãe Equidna, que em grego quer dizer Víbora, sendo esta, uma criatura com troncos de uma bela mulher ou ninfa e cauda de serpente em lugar dos membros. Em função da sua própria monstruosidade, era considerada a “mãe de todos os monstros”.
De início, para cumprir sua primeira missão, Hércules tentou atingir o leão com suas flechas, inutilmente. Irritado, o herói aplicou com sua clava ou bastão um golpe tão tremendo na cabeça do animal, que este caiu desacordado. Depois de estrangulá-lo, Hércules extraiu o couro do animal com suas próprias garras, uma vez que nenhuma arma de ferro o conseguia cortar ou perfurar. A partir daí, Hércules passou a usar sua pele como um manto protetor, com a cabeça do leão servindo-lhe de elmo ou proteção da cabeça.
Filosoficamente falando, este primeiro trabalho simbolizaria a coragem e a sagacidade que um homem deve ter para vencer as dificuldades, que, a princípio, possam lhe parecer insuperáveis. Nada deve parecer impossível a um verdadeiro homem sobre a desculpa de não lutar. As lutas para superarmos os nossos vícios e paixões, que são os destruidores de nossas virtudes, devem ser travadas sem hesitar.
A exemplo de Hércules ou de Quixote do genial Cervantes, devemos sair vitoriosos e guardar para sempre as memórias dessas conquistas que nos tornarão cada vez mais fortes para o futuro, visto que a luta moral e espiritual para o nosso aprimoramento será eterna.
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