Está piorando

Antes, os assassinatos na região envolviam, na maioria das vezes, traficantes ou eram crimes passionais. A morte a tiros de um comerciante em Pitangui e de um empresário em Formiga, na quarta e na quinta, respectivamente, mostram que a violência letal está atingindo também pessoas comuns. Podem até ser casos isolados. Porém, se não forem, eis uma nova etapa na violência na região.

 

Revoltante, comovente

As imagens do circuito de segurança da loja do comerciante em Pitangui, disponíveis no site do Agora (agora.com.vc), mostram o momento em que ele – depois de ser ofendido e agredido várias vezes pelo assaltante – decidiu reagir. Um tiro na cabeça pôs fim à sua vida. A recomendação é sempre não reagir, claro. Mas quem tem direito de julgá-lo? Tomada pela comoção e pela revolta, a pacata e histórica Pitangui chora a perda do filho seu.

 

Ótimo exemplo

Enquanto chacinas se proliferam nas prisões do país, vem do Centro-Oeste Mineiro um ótimo exemplo. Nos próximos dias, a Prefeitura de Bom Despacho e a Secretaria de Estado de Defesa Social assinam convênio para que presos em regime semiaberto e bom comportamento trabalhem na capina, na limpeza urbana e no combate à dengue. Atacam-se dois problemas de uma vez só: o ócio dos detentos e o Aedes aegypti.

 

Papel social

“Usaremos toda a mão de obra apta”, destaca o secretário de Administração de Bom Despacho, Denis Carvalho. “Vamos cumprir nosso papel social ajudando na ressocialização desses detentos”, completa.

 

Prevenção

Os detentos contratados serão da cadeia de Bom Despacho, a grande maioria são originários da própria cidade. O diretor da cadeia municipal, Alex de Almeida, trabalhou em Pará de Minas, onde o projeto funciona e tem oferecido vantagens para a população. “Até o comportamento deles melhorará e isso nos ajudará a manter a ordem e prevenir rebeliões, como as que temos visto no Acre, Amazonas e Rio Grande do Norte”, afirma. Uma iniciativa bem mais inteligente do que deixar os presos se matarem ou fugirem, não é mesmo?

 

Combate a fraudes

Ter dados é uma coisa, ter inteligência é outra. O governo sempre possui os primeiros, mas nem sempre tem a segunda. Uma iniciativa entre os ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento Social e Agrário promete construir um cenário diferente. Os órgãos vão compartilhar informações de seus bancos de dados para prevenir a ocorrência de fraudes no pagamento de benefícios sociais, incluindo o de seguro-desemprego. Ou seja, essa farra pode estar no fim.

 

Suspensão

 A ideia é que, por meio do cruzamento de dados, os ministérios possam identificar casos de pagamentos indevidos de benefícios e suspender aqueles fraudulentos. O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário é responsável pela gestão do Cadastro Único (Cadúnico), um sistema obrigatório na seleção de pessoas beneficiadas pelos programas sociais do governo. Atualmente, o sistema tem cerca de 80 milhões de pessoas em sua base de dados. É informação que não tem fim. Basta saber usar.

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