Jorge Guimarães
A devoção a São Sebastião é muito forte em toda a Diocese de Divinópolis. Isso fica claro quando se constata que ele é o padroeiro de oito das 53 paróquias da Diocese. Além disso, é também o patrono de inúmeras comunidades das paróquias.
Nesta época, estão em festas as cidades de Araújos, Azurita, Florestal, Itatiaiuçu, Juatuba, Leandro Ferreira, Nova Serrana, a primeira paróquia da cidade, São Sebastião do Oeste e, é claro, Divinópolis, com programações recheadas de novenas e congraçamento para todos os fiéis.
Assim sendo, a Igreja São Sebastião, situada no bairro Afonso Pena, em Divinópolis, está em festa desde o último dia 10. No decorrer deste período, foram realizadas inúmeras celebrações, novena e as tradicionais barraquinhas. Como tudo que é bom dura pouco, hoje termina a programação com a festa em honra do glorioso mártir São Sebastião.
Programação
O bairro São Sebastião vai ser acordado com alvorada festiva às 6h, seguida da celebração da Santa Missa às 7h, feita pelo padre Carlos Eduardo de Morais Filho. Às 9h, quem preside a celebração da Santa Missa é o bispo dom José Carlos de Souza Campos. A Santa Missa Unção dos Enfermos ocorre com celebração do padre Carlos Eduardo, às 15h. Já às 18h45, ocorre a procissão, saindo da Capela Nossa Senhora do Rosário, situada no Alto São Vicente, com destino à igreja de São Sebastião, onde as 19h30, novamente o padre Carlos ministra a santa missa de encerramento das festividades.
No domingo, ocorrerá um almoço beneficente, a partir das 12h, para assim fechar com chave de ouro todo o transcurso das festividades deste ano em torno de São Sebastião.
– Convidamos a todos para estarem presentes neste ato de solidariedade, no qual queremos redescobrir os caminhos e as ações de uma igreja missionária – disse um dos organizadores do evento e assessor de imprensa da igreja, Klender Pedro.
Vida
Segundo a tradição católica, São Sebastião era filho de uma família ilustre. Ficou órfão do pai ainda menino e, então, foi levado para Milão por sua mãe, onde passou os primeiros anos da infância e juventude.
A mãe educou-o com esmero e muito zelo. Ele ingressou no exército imperial e, por sua cultura e grande capacidade, atingiu os mais altos graus da hierarquia militar, chegando a ocupar o posto de comandante do Primeiro Tribunal da Guarda Pretoriana durante o reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores romanos, perseguidor dos cristãos.
Denunciado
Foi denunciado ao Imperador como sendo cristão. Mesmo sendo um bom soldado romano, suas atitudes demonstravam sua fé cristã e, diante de todos, confessou bravamente sua convicção. Foi acusado, então, de traição. Na época, o imperador tinha abolido os direitos civis dos cristãos. Por não aceitar renunciar a Cristo, São Sebastião foi condenado à morte, sendo amarrado a um tronco de árvore e flechado. Porém, não morreu ali.
Vivo
Foi encontrado vivo por uma mulher cristã piedosa que tinha vindo buscar o seu corpo. Diante do ocorrido, recuperada a saúde, apresentou-se diante do imperador e reafirmou sua convicção cristã. E nova sentença de morte veio sobre ele: foi condenado ao martírio no circo. Sebastião foi executado, então, com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte e jogado nos esgotos perto do Arco de Constantino, em 20 de janeiro. Suas relíquias repousam sobre a Basílica de São Sebastião, na via Apia, em Roma.
