Hora de pegar a mala

 

Jorge Guimarães

A Organização Mundial do Turismo (OMT) declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância do turismo para a distribuição da riqueza proporcionada pelas viagens. O potencial do turismo para o desenvolvimento sustentável é reconhecido pela entidade como um dos principais setores de geração de emprego do mundo. E o ano está propício para que o turismo seja o segmento que mais vai lucrar no decorrer do ano. 

Dólar

Com o dólar negociado nesta segunda-feira, 16, na casa de R$ 3,22, confirma-se a tendência de retração do valor da moeda norte-americana. No acumulado de 12 meses de 2016, recuou 17,69% em relação ao real. Os números reforçam os prognósticos da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que calcula o aumento da demanda por viagens entre 8% e 14% para este ano.  Assim com dinheiro contado, os brasileiros buscam alternativas mais econômicas. As malas regressam menos recheadas de compras e a média de duração da viagem diminuiu.  Agora, em sua média, a viagem está durando uma semana, ou mesmo só um feriado prolongado. No entanto, mudanças de hábitos à parte, o fato é que o brasileiro faz de tudo para não abrir mão de um bom passeio. E a tendência favorável do comportamento do dólar acaba pesando a favor de decisão de marcar a data e comprar a viagem.

— Vislumbrando este segmento internacional, que volta aquecido neste início de ano, depois de seguidas altas na moeda norte-americana, preparamos pacotes especiais para maio, quando vamos levar um grupo para conhecer o leste europeu com visitas em Viena, Praga e Budapeste. Já para julho, para esquiar em suas montanhas, nosso destino vai ser Bariloche e, para o segundo semestre, estamos ainda preparando vários pacotes. Fora dos pacotes, as vendas de passagens internacionais, mantiveram-se estáveis durante o ano de 2016, esquentando agora com a queda do dólar — avalia a empresária de uma das mais tradicionais agências de viagens da cidade, Nelma Gontijo.

Turismo interno

2017 chega com nove feriados nacionais que caem em dias próximos ao fim de semana. Como todo “bom” brasileiro, as pessoas já estão de olho na folhinha para “emendar” este ou aquele outro. Este cenário é animador para o turismo, que é um importante setor econômico gerador de renda e empregos no país, pois muitas famílias já vêm pesquisando opções de destinos e movimentando as agências.

— Estamos já com pacotes para o Carnaval, Semana Santa, Corpus Christi e feriado de 1º de Junho. Neste ano, além da tradicional viagem à Pousada do Rio Quente, teremos também um pacote especial para o Resort Iberostar, na Bahia. E lembrando que as praias do Nordeste ainda são os destinos mais procurados, não só no verão, mas ao longo de todo o ano — ressalta Nelma.

Em outra agência de viagens, no Centro da cidade, a preparação e a procura são intensas.

– Temos procura para todas as datas comemorativas deste primeiro semestre. Internacionais temos pacote para Buenos Aires em abril e Portugal com Santiago de Compostela, para setembro. Temos também a Semana Santa no Peru e muitas outras. A procura está sendo muito boa e esperamos um ano com bons negócios — avaliou o agente de viagem Toninho Silva.  

Números

Viagens nos fins de semana prolongados por feriados que caem na segunda, terça, quinta ou sexta-feira devem injetar R$ 21 bilhões a mais na economia brasileira em 2017. A projeção é do Ministério do Turismo, que divulgou os números na última sexta-feira.

O levantamento, feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), considerou um acréscimo de 22 dias de folga no calendário, quando 10,5 milhões de viagens deverão ser feitas.

Na contramão de outros setores que projetam prejuízos com os feriados, como o comércio e a indústria, o Ministério do Turismo acredita que as viagens e o consumo nos dias de folga gerarão renda e emprego.

Feriado

O feriado que deve gerar maior impacto é o Dia de Nossa Senhora Aparecida, quando 1,94 milhão de viagens devem movimentar R$ 3,9 bilhões na economia.

O Carnaval, a Semana Santa, o Natal e o Réveillon foram desconsiderados, porque, via de regra, geram fins de semana prolongados e a ideia da projeção foi levantar qual o valor a ser acrescentado na movimentação econômica nacional este ano.

 

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