Batendo Bola
José Carlos de Oliveira
Não vou nem analisar se a lista anunciada por Tite, para o amistoso da próxima quarta-feira contra a Colômbia; tem os melhores nomes do futebol brasileiro de hoje. Deixo isso para os mais de 200 milhões de treinadores da nossa seleção. Que cada um faça sua análise.
Mas se tem algo que me alegra a alma e enche o meu coração de alegria é ver como os tempos estão mudados. Antes, a maioria dos torcedores nem queria saber do “escrete” canarinho. Ter ou não um jogador de seu time na seleção pouco ou nada valia. Este era apenas um detalhe.
Agora a história é outra. As discussões nas esquinas e mesas de bar é sobre a qualidade dos nomes que foram chamados, com cada um puxando a sardinha para o seu lado, querendo este ou aquele jogador no time.
É, nada como uma maré de vitórias para mudar um quadro, e colocar o trem novamente nos trilhos. E que siga assim até a Copa da Rússia, é o que todos esperamos. Porque de uma coisa todos temos certeza e convicção: faça chuva ou faça sol, o futebol brasileiro nunca deixará de produzir bons jogadores aos montões. E esta também é uma verdade que ninguém pode questionar.
O adeus a Carlos Alberto Silva
Será enterrado na manhã de hoje, às 11h, no Cemitério da Colina, em Belo Horizonte, o mestre Carlos Alberto Silva, técnico de futebol mineiro, que foi campeão nacional com o Guarani de Campinas, em 1978. Não há palavras que expliquem quem era o homem e treinador Carlos Alberto Silva, um dos mais longevos e experientes técnicos de nosso futebol.
Com passagens pelos três grandes da capital mineira, Carlos Alberto ganhou o mundo, trabalhando na Europa, tendo sido medalha de ouro com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 1987, e prata nas Olimpíadas de 1988.
Mas o momento máximo dele, como treinador, foi mesmo no Guarani de Campinas, quando conduziu o Bugre ao título brasileiro e revelou para o mundo craques como Zenon e Careca.
MANGUEIRAS BRASIL
Mudanças na Libertadores
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou na noite de quinta-feira, faltando poucos dias para o início do torneio, o novo regulamento para a Copa Libertadores 2017, e algumas novidades são de suma importância para participantes e torcedores, e podem mudar o modo de muitos times encararem a disputa.
Dois itens, em especial, prometem revolucionar a competição. A partir da edição deste ano, haverá uma maior probabilidade de dois times de um mesmo país fazerem a grande final. Antes, o regulamento estipulava uma semifinal dirigida, diminuindo a chance. Agora é diferente. Vai valer apenas o resultado em campo. A ordem de classificação obedecerá aos critérios normais.
Outro item diz respeito à fase de oitavas de final, que agora serão definidas por sorteio. Antes, o melhor colocado enfrentava o pior e assim por diante. Agora, a sorte vai determinar a caminhada dos clubes até a rodada final.
É esperar para conferir quem irá rir ou chorar por último. Mas tem uma verdade que ninguém tem dúvida: acostumados a só enxergarem o lado de seus clubes, vai ter dirigente indo às lágrimas, culpando a “danada da sorte”, por ter um adversário mais qualificado pela frente. Como dois e dois são quatro, esta é a grande verdade!
Um ataque de respeito, mas…
O técnico Roger Machado começa a dar o tom daquilo que quer para o Atlético neste início de temporada. Pelo que vem montando nos treinamentos, o Galo vai para cima de seus adversários com o que tem de melhor: com o trio Lucas Pratto, Fred e Robinho.
Até aí tudo numa boa. Qual time não iria querer ter este privilégio. Mas é na recomposição das linhas que pode estar o problema. Como vão se comportar, taticamente, os três craques é uma questão para ser respondida apenas com a bola rolando.
Mas que ninguém duvide de uma grande verdade. Se os problemas defensivos do Atlético já eram enormes no ano passado, com os três jogando juntos podem piorar ainda mais. Ou não? Aí vai depender da idéia do treinador e da disposição dos atletas em jogar pela equipe e se sacrificar pelo grupo. O negócio é esperar para ver.
Dia de Guarani em BH
Em seu segundo jogo-treino da temporada, o novo Guarani, do técnico Flávio Lopes, estará na tarde de hoje, em Vespasiano, na Cidade do Galo, enfrentando nada menos que o time principal do Atlético, que se prepara para uma maratona de grandes competições em 2017.
Oportunidade única para os jogadores do Bugre mostrarem serviço ao comandante e ao torcedor. Porque nada melhor para um time em formação do que ter pela frente adversários qualificados. É aí que se conhece o real potencial do grupo. Jogando contra seleções amadoras o resultado pode até ser positivo, mas apenas no placar, pois com certeza acaba mascarando falhas e enaltecendo valores, que na realidade inexistem.
E a pouco menos de um mês de sua estreia no Mineiro do Módulo II– enfrenta o Betinense dia 18 de fevereiro, em Sete Lagoas – o Guarani tem mesmo é que testar o time em jogos assim, onde o resultado pouco importa, desde que o real potencial do time seja colocado à prova.
Só assim será possível ao time se armar, com consciência, para a árdua batalha que terá pela frente até o meio do ano, na disputa. Por enquanto tudo são flores, mas será quando aparecerem os espinhos é que a equipe será realmente colocada à prova.
E vamos que vamos, Bugre!
