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Presidente recua e arquiva projeto de 5º assessor na Câmara de Divinópolis

by Portalagora

Flávio Flora

As divergências internas entre o presidente da Câmara, Adair Otaviano, e os dois membros da bancada do PMDB – vereadores Delano Pacheco (líder do partido) e Edson Sousa (líder do Executivo) – cresceram depois que Adair se mostrou disposto a autorizar o funcionamento da Casa, na parte da manhã, a partir de abril. A proposta de criar um quinto cargo de assessoramento, dividindo os custos com a verba de gabinete, não deve ter agradado os quatro assessores e acabou sendo mais lenha na fogueira.

Assessores contra

O vereador-presidente da Câmara recebeu ontem a reportagem do Agora para prestar esclarecimentos sobre seu polêmico e vergastado projeto de resolução, na iminência de determinar abertura da Câmara na parte da manhã, a partir das 8h. O cargo ficaria por conta da rubrica da verba de gabinete, hoje em torno de R$ 16 mil, atualmente remunerando os quatro assessores de cada vereador. A proposta do presidente, assim que deu entrada no protocolo, foi exposta à opinião pública por meio das redes sociais, recebendo duras críticas da mídia local.

Essa proposta, que hoje está sendo retirada de pauta pelo próprio autor, em “respeito à opinião pública”, foi motivo de distensão na bancada do PMDB e da retirada de apoio de nove vereadores que, ao início do processo, acharam as justificativas plausíveis.

— Eu fico por entender o que há de errado em nossa proposta. Hoje, R$ 16 mil pagam quatro assessores, enquanto, pelo projeto, seriam cinco. O que eu quero é a Câmara prestando um serviço excelente, atender com presteza, desde as 8h até as 18h. O que há de errado nisso? Meus colegas foram muito venenosos. Eu não faço coisa errada, não fiz nestes 16 anos na vida pública (cinco mandatos), e não vou errar na Presidência — desabafou Adair Otaviano.

Presidente monocrático

O vereador Delano confirmou as informações de que a bancada não está satisfeita com o presidente da Câmara, por este não “compartilhar” suas decisões “monocráticas”. Delano lembrou de um suposto acordo de cavalheiros, antes da posse, pelo qual ele e o vereador Edson Sousa abriram mão do cargo que almejavam na Mesa, aceitando recomendação do partido (diga-se Galileu Machado) para apoiar Adair. Delano disse ainda que, agindo assim, o presidente poderá perder votos de seus colegas em seus projetos.

Em reunião fechada no plenarinho da Casa, o presidente informou aos 16 presentes uma tentativa de golpe para derrubá-lo, com a renúncia de dois membros da Mesa, o que obrigaria a uma nova eleição. A notícia surpreendeu os vereadores, mas o presidente não quis revelar quem foram os “eles” que intentaram a manobra, descoberta a tempo, o que teria motivado posicionamentos agressivos de alguns e do próprio presidente.

Conspiração negada

O vereador Edson Sousa rechaçou a ideia de que o PMDB esteja vivendo uma crise interna na Câmara, com a intermitente oposição dos vereadores Delano e Edson. Comparou as lideranças do partido com músicos de uma orquestra que se aprimora, cada um com seu instrumento, sob a maestria do prefeito Galileu Machado (PMDB).

Sobre as divergências abertas aos projetos da Mesa Diretora, Edson disse que são situações comuns na vida parlamentar, citando como exemplo a curta duração da composição das comissões permanentes que, na sua visão, deveria ser de dois anos, como o mandato da Mesa.

Sobre o projeto do quinto assessor, o vereador disse que foi contra desde o princípio, pela forma como foi conduzida proposta, “o que certamente causaria desinformação”. O vereador negou que tenha “conspirado contra a Mesa” e manifestou seu respeito por seus integrantes.

— Ninguém falou em derrubar Adair. Não teve isso e nem nunca terá. Nós pedimos a Deus que dê a eles saúde e disposição para cumprir seu mandato até 2018, podendo reeleger-se novamente. O que nós estamos pedindo à Mesa Diretora para fazer são adequações no Regimento Interno da Casa ou então reduzir o mandato da Mesa para um ano. Foi o que dissemos informalmente, sem qualquer intenção conspiratória — disse Edson.

À boca pequena, comentava-se na Câmara, ontem, que os vereadores do PMDB pediram ao presidente a nomeação de pessoas indicadas por Edson Sousa e Delano Pacheco e, que por isso, faziam oposição a ele. Essa informação foi negada pelo presidente Adair Otaviano que viu nisso mais uma tentativa de desestabilizar o trabalho da Mesa.

 

FOTO/ Marcelo Moreno

 

Legenda/ O vereador Edson Sousa rechaçou a ideia de que o PMDB esteja vivendo uma crise interna na Câmara

 

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