Juros do cartão caem após novas regras

Jorge Guimarães

Uma boa notícia, aliada a liberação dos saques de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para os consumidores e o comércio em geral, ainda mais na véspera das comemorações do Dia das Mães. É a diminuição dos juros do rotativo do cartão de crédito.  Assim, no primeiro mês das novas regras do rotativo do cartão de crédito, a taxa de juros diminuiu 49% em abril ante março, passando de 456,6% para 233,9% ao ano, na terceira semana do mês, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). No mês, a taxa passou de 15,4% para 10,6%.

Nova regra

Pela nova regra do cartão de crédito, em vigor desde o dia 3 de abril, os clientes passaram a ter restrições para fazer o pagamento mínimo da fatura e acessar o crédito rotativo. Diferente do que ocorria antes, quem optar por pagar o valor mínimo da fatura não poderá fazer essa opção por vários meses consecutivos. Mediante a nova realidade, a expectativa é de que os juros, cheguem próximo dos 210% ao ano.

Descontrole

Mas, diante das facilidades do chamado “dinheiro de plástico” o consumidor precisa estar atento às taxas cobradas, mas mais do que isso, segundo especialistas, é necessário se educar financeiramente. E no final das contas quem não conseguir pagar a parcela, ou parcelas, precisa fazer, imediatamente um levantamento  financeiro para rever sua situação e combater a verdadeira causa do problema.

— Nunca tive controle em minhas compras, pois a facilidade de passar o cartão era tanta que nem pensava no futuro. Mas, fiquei desempregada e as coisas mudaram da água para o vinho. Agora de volta ao mercado de trabalho, estou renegociando minha dívida com o banco, mas de uma coisa eu sei: cartão de crédito nunca mais — desabafa a comerciária Jussara Silva.

Para o economista Leandro Maia, as perspectivas são boas para o futuro.

— A tendência é que os juros baixem ainda mais, em virtude da grande concorrência entre as instituições bancárias. Levando em conta também que a taxa Selic, que segue como taxa básica para os bancos, tem projeções de queda para os próximos meses – avaliou o especialista.

 

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