Batendo Bola
José Carlos de Oliveira
A Juventus de Turim desbancou o Mônaco, vencendo as duas partidas das semifinais, e está na grande final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Real Madrid, que na tarde de ontem foi derrotado pelo Atlético de Madrid por 2 a 1, mas garantiu classificação no saldo de gols, com a vitória por 3 a 0 no duelo de ida.
E por que o sucesso da Velha Senhora tem tanta importância para nós, Brasileiros? Simples! O grande nome das duas partidas contra os franceses foi simplesmente Daniel Alves, lateral direito que durante anos fez sucesso no Barcelona e agora brilha com a camisa da Juventus.
O vovô ta jogando o fino da bola. É de seus pés que nascem as principais jogadas da equipe italiana. Foi ele o responsável pela criação de todos os lances de gols nas semifinais e ainda marcou um, num golaço, nos duelos contra o Mônaco. Aos 34 anos de idade, o brasileiro atravessa uma das melhores fases de sua carreira.
Coincidência? Acho que não…
É interessante o futebol… Guardadas as devidas proporções, o sucesso de Daniel Alves com a camisa da Juventus na presente temporada, faz com que nos lembremos da atuação de Marcos Rocha na partida de volta da final do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro, quando o jogador do Galo foi eleito por parte dos cronistas esportivos o melhor atleta em campo.
E por que esta comparação, agora? Simples. Tanto lá como cá foi o esquema de jogo que proporcionou o crescimento dos dois jogadores – Marcos Rocha e Daniel Alves – em campo.
Na Juventus, o técnico Massimiliano Allegri prioriza seu sistema defensivo. Não abre mão de três zagueiros e joga com dois volantes mais marcadores, o que dá liberdade para Daniel Alves criar as jogadas no meio campo e fazer o que mais gosta, municiar os atacantes do time.
O mesmo se deu com Marcos Rocha – lembram da jogada do segundo gol do Galo? O seu futebol só apareceu porque o técnico Roger Machado escalou três volantes e o desobrigou de priorizar a defesa, com o lateral ganhando liberdade para ir ao ataque. Nada mais.
São estes pequenos detalhes que fazem a diferença e constroem e destroem carreiras de treinadores. Na beira do campo, o comandante não tem que inventar. Precisa fazer o mais simples.
MANGUEIRAS BRASIL
Melhor lateral do Gauchão?
O lateral direito John Lennon, contratado recentemente pelo Cruzeiro junto ao seu xará do Rio Grande do Sul, foi eleito pela imprensa de Porto Alegre o melhor lateral direito do Campeonato Gaúcho.
Até aí a notícia não tem nada demais. Mas, analisando pelo futebol que ele apresentou jogando pela Raposa, é difícil entender o porquê de ele ter sido eleito o melhor da posição no Gaúcho. Se Lennon está na seleção, os outros atletas da posição devem ser ruins demais. Só isso explica.
Cá para nós. Espero é queimar minha língua. Mas pelo que jogou até aqui, está mais para ir embora logo, e sem deixar saudades…
Sada perde William
Há sete anos vestindo a camisa estrelada, do Sada Cruzeiro – desde que retornou da Argentina -, e eleito o melhor levantador da Superliga masculina de vôlei por cinco temporadas consecutivas, William (o Mago) está prestes a deixar o clube mineiro e se transferir para o voleibol paulista.
A se concretizar a notícia, a diretoria da Raposa terá muitas dificuldades para encontrar um substituto à altura. Hoje, só resta aos torcedores esperar pelos novos capítulos…
Vem aí mais um Brasileirão
O Campeonato Brasileiro de 2017 vai começar no final de semana. Sábado já tem rodada, com o clássico entre Flamengo e Atlético estando entre as principais atrações do dia. E este ano, mais que em qualquer outro, impossível é a alguém apontar um grande favorito ao título.
Tirando os torcedores mais fanáticos – que sempre colocam o time do coração em primeiro plano – e alguns comentaristas bairristas, que tentam “vender seu peixe” jogando para cima determinados clubes, a verdade é que em 2017 são ainda maiores as incógnitas sobre como estará o nível técnico da competição.
O desempenho dos times nos torneios regionais, como de resto em nenhuma outra competição realizada no primeiro semestre, não serve de parâmetro para apontar este ou aquele como favorito.
Antes de a bola rolar todos têm as mesmas possibilidades, e para 2017 é bem maior o número de postulantes à taça. Nem mesmo o Sport, do Recife, que faz um grande trabalho e tem dado tiros certos nas contratações, pode ser ignorado. O que se dirá então dos grandes clubes?
É, não tem mesmo jeito. Para apontar um favorito no torneio deste ano será preciso esperar bem mais que o normal. Pode ser que nem ao final de um turno inteiro dê para se fazer uma aposta certeira. 2017 promete…