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Desenvolvimento Humano de Divinópolis é um dos mais altos de MG

by Portalagora

Flávio Flora

O processo de desenvolvimento recente do Brasil ampliou as desigualdades entre mulheres e homens, negros e brancos e residentes da área urbana e rural. É o que mostra o relatório “Desenvolvimento Humano para Além das Médias, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP) e publicado esta semana.

Trata-se de um conjunto de dados desagregados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros 170 dados socioeconômicos, por cor, sexo e situação de domicílio (urbano e rural) no Brasil. As informações provieram dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000 e 2010 e abrangem dados nacionais, das 27 unidades da Federação, de 20 regiões metropolitanas e 111 municípios, entre eles Divinópolis.

Educação e longevidade

Com a possibilidade aberta pela desagregação de dados, no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (www.atlasbrasil.org.br) é possível ajustar o foco para o Estado e o município de Divinópolis e conhecer sua colocação no ranking do IDHM, que está acima dos verificados em níveis, nacional e estadual.

O IDHM/ Divinópolis chegou a 0,764, em 2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,844, seguida de Renda, com índice de 0,753, e de Educação, com índice de 0,702. Em 2000, o IDHM era de 0,686, crescendo a uma taxa de 11,37%, na década. Nos anos 1990, O índice era de 0,535.

O hiato de desenvolvimento humano – distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1 – foi reduzido em 75,16% entre 2000 e 2010. Nesse período, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com melhora de 0,148), seguida por Renda e por Longevidade.

Esperança de vida

Neste período, a população de Divinópolis cresceu a uma taxa média anual de 1,47%, enquanto no Brasil foi de 1,17%. A taxa de urbanização também cresceu de 96,69% para 97,42%. Na década anterior, a taxa de urbanização do município era de 95,28%.

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no município regrediu de 16,4 mortes por mil nascidos vivos, em 2000, para 14,6 mortes por mil nascidos vivos, em 2010.

Uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas (para ser cumprida até 2015) era reduzir as taxas abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015, o que vai sendo cumprida por Divinópolis (e o Brasil em geral).

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do IDHM. Em Divinópolis, a esperança de vida ao nascer cresceu 1,0 ano na última década, passando de 74,6 anos, em 2000, para 75,6 anos, em 2010. Em 1991, era de 70,9 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.

Divinópolis ocupa o 304olugar no ranking nacional dos melhores IDHM e 21o entre os mais altos de Minas, onde se destacam Nova Lima e Belo Horizonte. Minas é o 9o Estado com melhor IDH.

Situação nacional

O relatório indica que, somente em 2010, o IDHM dos negros se aproximou do IDHM que os brancos tinham em 2000. Mas as disparidades não estão apenas na questão da cor.

— Tanto no caso do IDHM, quanto dos subíndices de longevidade, educação e renda, e para todas as localidades analisadas, os dados desagregados confirmam as disparidades sociais existentes entre os grupos e evidenciam melhores resultados para brancos, homens e população urbana — registra o relatório.

Disparidades também são encontradas na renda das mulheres, cuja renda é inferior 28% em relação à dos homens, mesmo que elas tenham níveis educacionais mais elevados.

Desigualdades persistentes

As desigualdades são persistentes, entre 2000 e 2010, mas uma leve melhora pode ser observada nos grupos mais vulneráveis (mulheres e negros), que tiveram uma maior alta no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) no Brasil. No intervalo de uma década, a taxa de crescimento anual do IDHM da população negra foi de 2,5%, ante 1,4% dos brancos, 1,9% das mulheres e 1,8% dos homens.

— É mais desenvolvido quem vive mais, quem estuda mais e quem ganha mais. Os dados mostram que os homens brancos que moram nas cidades certamente têm os dados melhores que as mulheres negras que moram na zona rural. Agora, teremos o trabalho de empilhar essa diferença que é abissal, inaceitável e que precisa ser mudada no nosso país — afirmou Andrea Bolzon, coordenadora do Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano do escritório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil.

 

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