Pablo Santos
O preço do arroz e o feijão caiu nos supermercados divinopolitanos. Os dois principais itens da alimentação nacional chegaram a um declínio de quase 4,2% no mês passado, quando se compara com março, de acordo com os dados do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupec) da Faced.
Segundo os números da pesquisa, o quilo do arroz na cidade custa R$ 3,09, em média, depois de assinalar retração de 2,47% em abril, no comparativo com o mês anterior.
Os preços do arroz de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) recuou 15,3% em março, encerrando o mês a R$ 39,90/saca de 50 kg, o menor valor diário nominal desde o final de setembro de 2015. Na parcial de 2017 (até o último dia 31), o Indicador acumula queda de 19,2%.
— Além do avanço da colheita da safra 2016/2017 no Rio Grande do Sul, orizicultores com necessidade de fazer caixa disponibilizaram vários lotes no spot em março. Do lado comprador, no entanto, algumas indústrias receberam contratos de troca de insumo/arroz em casca firmados anteriormente, enquanto outras estiveram trabalhando com o cereal da safra 2015/2016 ou recorrendo ao arroz importado — afirmou o estudo Cepea.
Feijão
Já o feijão assinalou maior queda nos supermercados da cidade na comparação com o arroz. De acordo com os dados do Nupec, a queda foi de 4,18% no mês passado, quando se confronta com abril. O quilo do feijão na cidade estava cotado a R$ 3,75, em média.
O quilo do grão começou a cair no ano passado. Depois de dez meses em alta, o feijão-carioca registrou a primeira queda de preços e colaborou para a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A melhora do preço do feijão, entre outros fatores, pode ter sido determinada pela recuperação da produção e pelo aumento das importações.
— O aumento na área plantada e a chamada safra das águas fizeram com que a disponibilidade do feijão crescesse causando a queda nos preços. Em Divinópolis, os preços vêm despencando desde o mês de junho de 2016 quando o preço médio do quilo chegou a R$ 10,74 e, em abril deste ano, o preço observado do quilo passou para R$ 3,75 — explicou o pesquisador do Nupec, Leandro Maia.