Rafael Camargos
Celebrado ontem, 18, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que tem como objetivo mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais. A data foi instituída pela Lei 9.970, de 17 de maio de 2000. Em Divinópolis, centenas de pessoas foram às ruas em uma passeata pela manhã em prol da causa. Na cidade o movimento “Todos contra a pedofilia” completou 10 anos em 2017. O projeto iniciou-se como campanha de conscientização e explicar as pessoas sobre o crime de abuso sexual em crianças e adolescentes e a partir daí o movimento começou a se espalhar pelo país e hoje está presente em todo o país. De acordo com o promotor da Vara da Infância e Juventude de Divinópolis, Casé Fortes, a palavra pedofilia tem dois sentidos um clinico e um jurídico.
— No sentido clínico, ela serve para definir uma das parafilias, taras sexuais. Que não são doenças sexuais que incapacitam as pessoas, mas são um gosto sexual que não é ortodoxo. Quando falamos em crimes de pedofilia é outra coisa. A definição jurídica compreende todos os crimes que estão no código penal e no estatuto da criança e do adolescente que tem como vítima ambos e são crimes de natureza sexual. Estupro de vulnerável, prostituição infanto-juvenil é crime de pedofilia, pornografia e trafico são crimes entre outros — explicou.
Caminhada
A concentração da caminhada começou na praça da Catedral às 8h da manhã. Uma hora depois, os manifestantes saíram pela avenida 1º de Junho. Com apitos e faixas, subiram a rua Rio de Janeiro e a dispersão ocorreu na praça do Santuário. Lá diversas atividades foram oferecidas a população. O evento contou com a presença do dom José Souza Campos. Em discurso ele falou sobre os casos de pedofilia e os números no país.
— Os números que eu tenho são alarmantes. Em 2016, mais de 75 mil pessoas crianças e adolescentes sofreram algum tipo de abuso. Esses números chegaram através do disque 100, e os números que não chegaram? — questionou o bispo. Logo após a fala do bispo, o promotor Casé também pegou o microfone e falou a população. Ele discursou sobre os valores da família. Para ele, ações como essas devem ser valorizadas a fim de proteger as crianças e adolescentes.
— Eu acho que a coisa mais importante que a gente pode fazer. Nós só conseguimos uma efetiva melhora se a gente investir em crianças, então, todos os dias nos temos que cuidar deles, não só seus filhos, seus vizinhos, seus alunos. Todos esses são uma parcela da sociedade onde temos que conquistar os esforços para melhorar o país — finalizou
