Próximo mês deve vir com preços estáveis nas frutas

Jorge Guimarães

Como todo ciclo de vida, entre as frutas e outros o curso não foge a regra e assim a lei da oferta e procura continua soberana na economia varejista. E um dos destaques da hora é o mamão que está em plena safra. No atacado, a variedade havaí apresentou queda de 75,7% no preço médio (R$ 4,57/kg para R$ 1,11/kg), e a formosa ficou com preço 58,3% menor (R$ 2,16 para R$ 0,90/kg). Os dados se referem à primeira quinzena deste mês em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Ceasa/Minas.

De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, o preço praticado há um ano foi mais alto em razão de problemas climáticos que afetaram a oferta proveniente de regiões produtoras do Espírito Santo e do Sul da Bahia.

Preços

Com base em dados dos últimos anos de comercialização, a tendência é de que o mamão formosa se mantenha com preços baixos até junho. Entre julho e outubro, esta variedade deve ficar com preço regular. Ricardo ressalta que o consumidor deve aproveitar, além do preço, a melhor qualidade do mamão, e de outras frutas, nesta época.      

— Na safra, o produto é colhido no ponto certo, sem pressa. Já quando o fruto está caro, alguns produtores acabam colhendo antes do tempo, a fim de aproveitar o mercado, o que pode prejudicar a qualidade final — avalia.

Ainda para o próximo mês, o consumidor terá algumas boas opções de consumo. A expectativa é que muitos hortigranjeiros estarão com boa oferta e bom preço ao longo do mês, especialmente as frutas, ainda segundo Ricardo. 

Oferta

Assim quem está ganhando até o momento é o consumidor final, pois desde o inicio do ano os preços das frutas e hortaliças vêem se mantendo num nível baixo. E uma das razões de tal nivelamento foi a oferta que subiu em abril na comparação com o mesmo período do ano passado. A alta na oferta das hortaliças foi de 2,9%. Já no caso das frutas, a oferta subiu 2,7%.

— Estamos vivendo um ótimo momento em relação aos hortifrutis, o que vai agregar valores junto aos consumidores — falou o gerente de uma loja de supermercados, Sérgio Antônio.

PIB

Se a agricultura foi responsável por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro no ano passado, imagina quando forem fechados os números de 2017. Em 2016, foram cerca de R$ 113 bilhões de um total de R$ 204 bilhões.

—  Apesar de todos os percalços, dos problemas políticos e econômicos, tivemos um ano produtivo, de muito trabalho e conseguimos fazer com que o agronegócio de Minas continuasse crescendo, sustentado pela agricultura — disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) Roberto Simões.

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