Cai o índice de inadimplência em Divinópolis

Jorge Guimarães  

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Divinópolis divulgou, ontem, os índices de inadimplência na cidade. Um dado interessante é que o consumidor está preferindo as compras à vista, em relação a prestações a perder de vista. E com esta mudança de comportamento, o número de registros junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, caiu pelo segundo mês seguido. Mas em compensação o número de cancelamento de registro teve queda em relação ao ano passado.   

Números  

Em abril de 2017, o número de consultas realizadas para compras a prazo, comparado com abril de 2016, recuou 4,13%. Outra boa notícia é que o número de registros junto ao SPC Brasil, no comparativo com o mesmo período do ano anterior, abril de 2016, sofreu queda de 35,18%. O mesmo aconteceu com o número de cancelamentos de registros, comparado com mesmo período do ano anterior, abril de 2016, recuou 19,63%. Mas,  mesmo com o recuo nos cancelamentos de registros tem consumidor que procura colocar em dia suas contas atrasadas. 

— Eu tinha direito ao saque do FGTS inativo e a primeira atitude foi limpar meu nome junto ao SPC  e, assim, ter novamente o crédito para poder comprar. Com outra parte quitei dívidas pendentes e o restante, coloquei na poupança, é pouco, mas está guardado — comenta o tratorista, Silvério Alves. 

Movimento   

Com estes números positivos, o comércio tem tudo para comemorar, considerando a liberação para saques do FGTS inativo.    

— O comércio deu uma leve retomada nestes dois meses e, esperamos que com a liberação do FGTS, as vendas aqueçam mais ainda. Eu sei que muita gente vai pagar dívidas, mas muitas, com certeza vão fazer algumas compras — diz o gerente de uma loja de material esportivo, Marcelo Naves. 

Brasil  

Em abril de 2017, o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), apurado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 40,5 pontos, abaixo do observado no mês anterior (42,3). Em termos percentuais, o recuo foi de 4,1% e reflete quedas tanto da avaliação do momento atual como das expectativas para o futuro. 

— Na passagem de março para abril, o consumidor percebeu um noticiário político bastante negativo, o que reforçou o receio de novas instabilidades. No cenário econômico, o desemprego, seguiu crescendo, contribuindo para o resultado de abril — explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.  

— A combinação do risco de novas instabilidades políticas e a atividade econômica ainda fraca, explicam a dificuldade de a confiança se estabelecer num nível satisfatório — afirma.

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