Só 22% dos professores se vacinaram em Divinópolis

Flávio Flora 

A cobertura da 19a Campanha de Vacinação contra a Influenza, em Divinópolis, ainda não atingiu a meta de 90% preconizada pelo Ministério da Saúde para este ano.  

Segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), divulgado ontem, uma semana antes do fim da campanha (dia 26 próximo), o município atingiu 72,4% de cobertura dos grupos prioritários mais as pessoas com comorbidade. Foram vacinadas 37.028 pessoas das 51.160 esperadas. 

As melhores coberturas da campanha até aqui ocorreram com os trabalhadores em Saúde (89,1%), equivalente a 3.670 dos 4.119 profissionais. Em seguida, vem o grupo dos idosos com 80,2% de imunização (19.750 dos 24.618 idosos previstos). Entre as puérperas, a vacinação já cobriu 75,44% delas, 255 das 338 esperadas. 

Baixa cobertura 

As coberturas mais baixas foram dos grupos de gestantes, com 1.108 vacinações das 2.054 previstas (54,4%), e das crianças de 6 meses a menores de 5 anos, que recebeu apenas 5.614 das 11.678 doses disponíveis (48% do previsto) e precisa de apoio dos pais e responsáveis para superar a meta da campanha. 

O interesse pela vacinação apresentou o percentual mais baixo da temporada com apenas 21,8%, ou seja, dos cinco mil professore (a)s previstos só 1.091 pessoas foram imunizadas. 

De acordo com a Central de Imunização, a Semusa recebeu 60.800 doses, que estão disponíveis em 36 unidades de saúde. As salas de vacina da Estratégia de Saúde da Família (ESF) funcionam de 8 às 16 horas e, nos Centros de Saúde, de 8 às 16h30. Cerca de 18 mil pessoas com direito à vacina ainda podem ser imunizadas até a próxima semana. 

Disseminação elevada

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e também podendo causar pandemias. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém?contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. 

Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo que podem eliminar os vírus por até três semanas.  

Outras importantes fontes de transmissão são os escolares (5-15 anos) e adultos. Indivíduos imunocomprometidos podem excretar os vírus influenza por períodos mais prolongados, até meses. Recentemente, comprovou-se que os vírus sobrevivem em diversas superfícies (madeira, aço e tecidos) por 8 a 48 horas. 

Por isso é bom vacinar. A vacina reduz tanto os sintomas e a ocorrência de complicações.

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