Sindicatos fazem ação e explicam reformas aos divinopolitanos

 

Rafael Camargos
O Movimento Sindical Unificado (MSU) realizou uma ação ontem, 22, no quarteirão fechado da rua São Paulo, no Centro, para conscientizar a população sobre o andamento dos processos no Governo Federal e no que isso reflete na realidade da população. Na última semana, os desdobramentos dos escândalos em Brasília chegaram à região. Na de quinta-feira, 18, a Polícia Federal de Divinópolis cumpriu mandados de busca e apreensão na fazenda do senador afastado Aécio Neves (PSDB) em Cláudio. Outra equipe da PF esteve em outra fazenda na mesma cidade que pertence a Frederico Pacheco de Medeiros, primo do tucano. Com o cenário político abalado, em diversas cidades do país já ocorreram manifestações, como as do último domingo, nas capitais. Belo Horizonte foi um dos destaques. Em Divinópolis, os sindicatos já estão se programando para a greve geral nos dias 24 e 25, amanhã e depois. Em assembleia na última sexta-feira, 19, ficou decidido que grande parte da educação da cidade irá parar. A última vez que os sindicatos foram às ruas foi no dia 28 do mês passado, em protesto contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB) e ocorreu em todo o país.

Greve Geral

De acordo com a diretora de comunicação do Sindi-Ute, Maria Catarina Laboré, a abordagem na população representa a luta continua e indiferente, uma vez que nenhum dos sindicatos está trazendo uma luta partidária. Para ela, essa mobilização aponta uma esperança, de levar para o trabalhador a informação de que todos devem se unir em prol da causa.

— O ocupa Brasília, nesse momento é importante. Depois da bomba que saiu no fim de semana, porque não adianta a população não quer Michel Temer no poder. Nós estamos aqui panfletando, conscientizando a população porque a reforma da Previdência ainda não está em cheque. Há esperança. Lógico que ela está em pauta, formatada, mas ainda não foi votada, somente algumas emendas — explicou Laboré.

Segundo a diretora, nesta quarta e quinta, está programada uma nova greve geral.

— Se não conseguirmos mobilizar a classe geral da cidade, o Sind-Ute Minas Gerais vai continuar a luta. Algumas escolas vão parar. Neste momento em cada canto do país, temos que manter nossas vozes nas ruas conscientizando, panfletando para dizer que estamos mantendo nossa unidade em defesa da classe trabalhadora — contou.

Além do Sind-Ute, outros sindicatos estiveram presentes. São eles: Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Simpro), Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Região Centro-Oeste (Sintram) e o Sindicato dos Metalúrgicos de Divinópolis. Em entrevista ao Agora, os representantes comentaram a importância de conscientizar a população sobre as medidas. Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Ivan Antônio de Oliveira, todos os projetos desenvolvidos pelo Governo Federal devem ser derrubados.

— “ A hora é de Lutar”, assim definiu o momento vivido pelo país o diretor do Sintram, Marcos Alves de Almeida.

 De acordo com ele, o movimento é sadio e sem sangue porque o brasileiro é de muita paz.

— A gente tem que levar ao conhecimento das pessoas estas informações. Tem muita gente acomodada achando que a luta está vencida, e ainda não. Vamos para Brasília amanhã, mostrar que sabemos lutar — ressaltou Marcos.

 

 

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