Da Redação
Após a última Greve Geral realizada em todo o País em abril, centrais sindicais e movimentos sociais se organizam novamente no “Ocupa Brasília”, um protesto marcado para hoje a partir das 9h, contra as reformas, Previdenciária e Trabalhista propostas pelo governo Michel Temer (PMDB). Os sindicatos envolvidos preveem cerca de 100 mil pessoas na capital federal, em uma marcha que sairá do estádio Mané Garrincha e deverá terminar na Alameda das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional.
Para o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e um dos organizadores da marcha, José Calixto Ramos, a população aderiu aos movimentos e sente a falta de uma maior representação dentro do governo.
— Tentamos de todas as formas mostrar ao presidente Michel Temer e ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, o quão prejudicial essas medidas são para o País, mas eles não quiseram nos ouvir. Essas atitudes mostram total insensibilidade e falta de diálogo com o povo brasileiro. Se eles não nos ouvem, nos resta protestar — afirma Calixto.
O sindicalista também coloca que o “Ocupa Brasília” é um primeiro passo para uma nova Greve Geral, ainda sem data definida, mas que já tem a adesão de boa parte dos setores dos diversos sociedade.
— Se o Congresso e o Governo não se sensibilizarem, vamos fazer uma paralisação maior ainda — defende o presidente da NCST.
Representantes de Divinópolis
A caravana levando representantes de Divinópolis, saiu ontem por volta das 18h, rumo a capital federal. A mobilização em prol do protesto começou semana passada com mobilizações na região central de Divinópolis. O ato se repetiu na tarde da última segunda-feira, no quarteirão fechado da rua São Paulo. Além do Sind-Ute, outros sindicatos, como: Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Simpro), Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Região Centro-Oeste (Sintram) e o Sindicato dos Metalúrgicos, fazem parte do Movimento Sindical Unificado (MSU). E todos os outros, num total de 16, serão representados no protesto hoje. A última vez que os sindicatos foram às ruas na cidade, foi no dia 28 do mês passado, em protesto também contra as reformas propostas pelo governo federal.
— O “Ocupa Brasília”, nesse momento é importante. Depois da bomba que saiu no fim de semana, porque não adianta, a população não quer Michel Temer no poder. A população quer as reformas — disse a diretora de comunicação do Sind-Ute, que também seguiu ontem à noite para Brasília.
Greve geral
O dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Sílvio Netto, é enfático ao afirmar:
— Nossa primeira luta agora é derrubar um governo que já ruiu, mas não podemos cair no canto da sereia dos constitucionalistas e abrir mão das diretas já— fala.