Especial 1º de Junho: Setembro memorável

 

 

Flávio Flora 

A data magna do município é 1o de junho, que celebra a conclusão dos processos de criação (30 de agosto de 1911), organização/eleição dos integrantes da Câmara Municipal (março de 2012) e instalação do município.  

O município tem 105 anos de existência, mas o povoado original foi fundado em 13 de janeiro de 1767, com edificação da capela dedicada ao Espírito Santo e São Francisco de Paula, sendo a segunda data mais importante. 

Entretanto, vários acontecimentos históricos para os divinopolitanos ocorreram no mês de setembro: 

– No dia 3 de setembro de 1912 (Lei Estadual 590), Divinópolis recebeu seu atual nome, alterando o de batismo do município que homenageava o engenheiro ferroviário Henrique Galvão, em 1911 (Lei Estadual 556). Seu nome foi transferido para a subestação do Choro (Trem do Sertão) e assim constava dos mapas até 1949. 

– Depois de 11 anos de campanha, tentando convencer “papiatas” e “tarecos” – correntes partidárias nos Campos da Ermida – dos benefícios da anexação do velho distrito, em 7 de setembro de 1923, a Lei Estadual 843, finalmente, consegue unificar as terras serranas e restabelecer o histórico território dos colonizadores.  

– No dia 22 de setembro do mesmo ano, uma grande festa em Divinópolis marcou o evento, solenemente, com a presença de dezenas de moradores, além das lideranças do feito: Alípio Goulart, Capitão José Clementino Pereira, Pedro X Gontijo, Bernardo de Bessa Barreto, Alberto Coimbra, Jovelino Rabelo e vereadores. 

– Em 12 de setembro de 1790, aconteceu no arraial uma conferência de três dias com almotacés (inspetores) das Comarcas do Rio das Mortes e Sabará, Termos de Pitangui e São José del-Rey e da recém-criada Vila de São Bento do Tamanduá e fazendeiros das regiões dos arraiais do Espírito Santo e da Serra Negra da Itapecerica. Tem-se aí a primeira eleição local, quando as duas comunidades (em procedimento democrático) se separaram por decisão de votos dos moradores. Serra Negra passou a integrar as terras de São Bento e o arraial da Itapecerica continuaria no termo de Pitangui, Comarca de Sabará. 

– Em 14 de setembro de 1891, foi confirmado pela Lei Estadual número 2, que o distrito do Espírito Santo continuaria com seu nome sem o complemento “Itapecerica”, que, desde 1882, passara a denominar oficialmente a cidade de São Bento do Tamanduá. 

 – No dia 18 de setembro de 1915, Pedro X Gontijo e vários moradores de influência conseguiram do governador Delfim Moreira a elevação da vila ao status de cidade, o que foi feito por meio da pela Lei Estadual 663 e com a criação do Termo Judiciário (só inaugurado em 1936). 

 – X. Gontijo dirigiu a formação da cidade de Divinópolis nas terras doadas por Manoel Fernandes Teixeira, em 1770, cumprindo votos do sertanista, quando curou (oficializou) a primeira capela. 145 anos depois, a cidade começava a se erguer, distante dos graves eventos destrutivos que marcaram seu passado colonial e imperial.  

 – E em 18 de setembro de 2015, o “criador” do município de Divinópolis foi homenageado solenemente pela Câmara Municipal, que, em força de decreto legislativo, reconheceu o farmacêutico Pedro X. Gontijo como legítimo cidadão divinopolitano, honrando, ainda que tardiamente, seu legado e sua vida pública exemplar. 

 Conhecer os principais pontos históricos que marcam a consolidação do município de Divinópolis e seus principais protagonistas reforça a identidade divinopolitana. Realça a capacidade de seu povo alterar os próprios rumos e vencer os desafios pela via da superação de rivalidades e disputas pessoais. 

 

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