Da Redação
A situação do futebol em Divinópolis é tema de um levantamento que vem sendo produzido pela Comissão de Educação, Esporte e Cultura da Câmara para traçar um diagnóstico do esporte na cidade. Os vereadores Renato Ferreira (PSDB), Nonato (PDT) e Janete Aparecida (PSD) se reuniram na quarta-feira, 4, com dirigentes de escolinhas do município.
O secretário de Esporte e Lazer, Éverton Dutra; o presidente do Conselho Municipal de Esporte, Rodrigo Rodrigues e a diretoria da Liga Municipal de Desportos de Divinópolis (LMDD) também participaram.
Dentre os problemas relatados, o mais frequente foi a necessidade de limpeza periódica dos campos da cidade, já que muitos estão cobertos por mato. Éverton Dutra disse que a maior dificuldade é o fato de que a pasta não possui maquinário para esse tipo de trabalho.
— Quando consegue equipamento com outra secretaria, tem o empecilho de não poder usar o equipamento em terreno privado. Ou seja: apenas os campos que pertencem ao município podem receber a limpeza — pontuou.
A Comissão informou que vai analisar os aspectos legais que causam o impasse, em busca de uma solução.
Precários e Irregulares
Foi apontada também a necessidade de estruturar melhor os campos da cidade. Instalações de alambrado e vestiários foram pedidas.
Muitos dos campos de futebol ficam em terrenos em situação irregular. Em alguns casos, não existem sequer as escrituras. Muitos foram cedidos em regime de comodato e o comodatário simplesmente desistiu de cuidar da área. A Comissão de Educação, Esporte e Cultura se responsabilizou por começar um levantamento sobre a situação de cada campo.
Outra questão debatida foi a necessidade de se organizar um calendário esportivo oficial, para que eventos públicos e privados não concorram entre si, esvaziando campeonatos e fazendo com que muitos deixem de existir por falta de equipes inscritas – porque, em muitos casos, elas estão inscritas em competições que acontecem ao mesmo tempo.
Pendências legais
Também existem clubes e entidades com documentações e declarações fiscais atrasadas. Por causa disso, muitos clubes não conseguem sequer receber verbas viabilizadas pelos deputados da região, porque não possuem situação legal regularizada junto aos órgãos públicos. A Comissão determinou a realização de um trabalho e suporte jurídico para que consigam colocar a situação em dia.
Outro ponto abordado foi o que os dirigentes afiram ser “agressividade” por parte de alguns pais. Houve casos em que chegaram a agredir árbitros durante competições disputadas pelos filhos. Uma audiência pública deverá ser marcada para discutir alternativas para trabalhar educação em campo.
— A maior dificuldade é convencer os pais que tem essa postura agressiva a participar de reuniões. Geralmente são participativos aqueles que não criam nenhum tipo de problema — comentou a Comissão, por meio de nota.
Outras situações pontuais que serão tratadas pela Comissão individualmente. Dentre elas estão a valorização da LMDD e problemas particulares de áreas, campos e clubes da cidade.