Da Redação
O lixo depositado pela população nas ruas de Divinópolis acaba não tendo um destino certo. Com as chuvas, o material vai direto para os córregos espalhados em diversos pontos da cidade. Além de atrapalhar o fluxo das águas, o material acaba sendo um criadouro do mosquito da dengue. Visando prevenir alagamentos, melhorar o fluxo das águas, além de prevenir contra focos de dengue, a Prefeitura realiza limpeza em diversos córregos do município. A ação é executada pela Secretaria Municipal de Operações Urbanas (Semop). No total foram retirados 40 caminhões com entulho e lixo.
Cronograma
De acordo com o diretor de Operações e Serviços Urbanos, Rodrigo Álvares Assis, o cronograma traçado visa limpar todos os córregos.
— A limpeza melhora o mau cheiro causado pela água parada, retira os lixos e entulhos que represam a água, além de evitar animais peçonhentos trazendo mais segurança e qualidade de vida para a população — disse.
O diretor ressalta ainda que o trabalho é feito com muito cuidado ao meio ambiente.
— Buscamos apenas limpar os cursos, que é um pedido muito frequente da população — ressalta.
Limpeza
No total foram retirados 40 caminhões com entulhos e lixos. A ação removeu lixo, entulho, animais mortos e animais peçonhentos atraídos pelos lixos. A equipe composta por 10 profissionais fez trabalho manual de roçado, desobstrução de manilhas e retirada de lixos para a água não ficar represada, evitando possíveis focos do mosquito transmissor da dengue.
Foram limpos os córregos do Bagaço que corta os bairros Anchieta, Nova Fortaleza, Serra Verde e Nossa Senhora da Conceição. O córrego Olhos D’água que perpassa os bairros Belvedere, Bela Vista e Belvedere II, margeando a rua Martin Cyprien.
O córrego do bairro Belo Vale que passa pelos bairros Jardim Betânia, São Roque e Rancho Alegre também foi limpo. Já o córrego Bagaço, no sentido do Mercado Distrital no Bom Pastor, com uma obra de contenção da ponte no local.
LiraA
O LIRAa é realizado todo ano, como forma de mapear a situação da dengue no município. Este ano, o levantamento aconteceu entre os dias 17 e 21 de outubro, e visitou 4,9 mil imóveis na região. Além do resultado referente ao mosquito?Aedes aegypti?de 1,6%, a pesquisa também mostra o índice de infestação médio do?Aedes albopictus, transmissor da febre?chikungunya, que apresentou 0,1%.
Médio Risco
Apesar dos números apontarem que em 2016, a situação do município foi de médio risco para epidemia, a população deve ficar atenta aos cuidados para o próximo ano. Analisando por áreas, a região Norte de Divinópolis apresentou o maior índice de infestação, com 2,80%, seguido pela região Nordeste 2,77%, Central 1,70%, Sudeste 1,28%, Oeste 0,90% e Sudoeste 0,42%. As duas últimas apresentaram baixo risco de epidemia.
Focos
Mais uma vez, o levantamento apontou que a maior parte dos focos do mosquito se encontra dentro das residências, sendo 90,05% nas casas e 9,1% em lotes vagos. O resultado serve de alerta a população, tomar os cuidados preventivos, para assim evitar uma possível epidemia no próximo ano.
Em relação aos recipientes onde os focos foram encontrados, 26,7 estavam em plástico, garrafas, latas e entulhos, que se encontravam no quintal ou lotes vagos, 25,% em depósitos de água para consumo doméstico, como caixas d’água, tambores e tanques, mais de 22% em sanitários em desuso, lajes, calhas, piscinas, ralos, caixas de passagem e fontes ornamentais, 18,9% em vasos de planta e bebedouros de animais, 5,6% em pneus e 1% em depósitos naturais.