Rafael Camargos
Apontada pela Polícia Civil como principal responsável pelos desaparecimentos, a droga vem tirando o sono da família de Helen Fernanda Taveira, 31 anos, sumida há uma semana. Angustiados, os parentes contam que a mulher saiu de casa depois que ela teve uma recaída, na última terça-feira, 21, e não retornou mais.
O boletim de ocorrência já foi registrado e eles têm esperança que ela seja encontrada.
Helen que já foi usuária de drogas, estava há um tempo sem usar os entorpecentes. A irmã conta que depois que ela fez o tratamento, estava com o trabalho fixo e bem aparentada. Ainda segundo a irmã de Helen, antes dos tratamentos ela saía de casa, mas era localizada, mas e desta vez está complicado. A última informação que ela recebeu de usuários de drogas era de que ela estaria sendo mantida em cárcere privado.
— Estão prendendo ela em casa pelo fato dela não ser acabada igual as outras usuárias. Ela é nova, é bonita. Quando ela saiu estava com um vestido preto e rasteirinha — falou com um nó na garganta.
Última vez
Ao Agora, a irmã relatou que na última quinta-feira, 23, eles tiveram a informação de que ela foi vista nas redondezas do bairro Nova Holanda. Mas, desconfia da informação.
— Ela já estava com outra roupa. Com um short e uma camiseta, mas esta informação tanto pode ser mentira, quanto pode ser verdade — frisou.
Na busca incessante pela irmã, ela e todos os familiares se uniram e as buscas não param desde terça-feira. Ela conta que já foi em lugares que nunca imaginou e relata ainda que o pai, que já tem mais de 60 anos já teve a arma apontada na cabeça.
— Se for parar para pensar, já fomos à maioria das “bocas de fumo” que tem na cidade. Retornamos a locais que ela passava há anos — argumentou.
Mordaça
Desde o desaparecimento os familiares estão muito preocupados. A tia de Helen disse que desta vez ela sumiu “igual fumaça”.
— Ninguém fala nada, até por medo de retaliação. Os usuários também não falam nada, são informações desencontradas — disse.
Ainda segundo ela, durante as conversas com os usuários de drogas, um deles disse que ela estava na casa de “fulano”, mas não era verdade.
— Fomos procurar saber com outras pessoas que é tia do rapaz e ela disse que era mentira. Então a impressão que deu é que eles sabem onde ela está, mas não podem falar — relatou.
Polícia Civil
De acordo com o delegado Vivalde Levilesse, neste ano, pessoas foram registradas como desaparecidas, mas logo depois foram encontradas e, somente dois casos estão em aberto.
— Tem dois casos ainda não solucionados. O complicado de desaparecimento é que a família faz um registro hoje e amanhã a pessoa aparece — comentou.