Ana Laura Corrêa
O sargento da Polícia Militar André Taciano é um dos vencedores da 3ª edição do Concurso de Composição Opus Dissonus. Apesar de violinista, Taciano conquistou a terceira colocação na premiação internacional, que é voltada exclusivamente para piano solo. O militar que tem família em Divinópolis e mora em Belo Horizonte é o primeiro brasileiro agraciado nos três anos de concurso.
— Algo interessante desta minha participação é que eu não sou pianista, nunca estudei piano. Faço aulas particulares de composição via Skype com o professor Rafael Nassif, que mora na Áustria. O concurso é para piano solo, o que me deixou muito feliz — afirmou.
A peça inscrita por Taciano é intitulada “Insconstâncias de Leela”.
— Leela vem de um conceito hinduísta que significa vida leve como um brincar, sem interesse, das crianças. Na peça eu trabalho esse conceito musicalmente, faço várias vezes mudanças de andamento, a música acelera e diminui — explica o músico.
O início
Licenciado em música com habilitação em violino pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) unidade/Belo Horizonte em 2012, Taciano começou seus estudos musicais quando ainda morava em Divinópolis e hoje é sargento violinista na Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais. O conjunto, regido pelo maestro Capitão Antônio Vicente Soares, tem hoje 48 músicos é um dos mais antigos do estado, completando 70 anos no próximo ano.
O prêmio
Promovido pelo pianista brasileiro Arthur Cimirro, o concurso de piano solo Opus Dissonus recebe inscrições de compositores de todo o mundo e de qualquer idade. As obras inscritas devem ser inéditas e nunca ter sido executadas em público. Os três escolhidos por um júri recebem prêmio em dinheiro, além da gravação e estreia mundial da peça.
Foto/ Roberto Carvalho
Legenda/ Sargento André Taciano é violinista na Orquestra Sinfônica da PM
Olho/
— Leela vem de um conceito hinduísta que significa vida. Na peça eu trabalho esse conceito musicalmente — André Taciano, músico