Ricardo Welbert
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou que a Prefeitura de Pitangui realoque os itens que compõem o acervo do Instituto Histórico de Pitangui (IHP) e que foram guardados de forma improvisada em alguns locais após o prédio que abrigava o museu ter sido atacado a bomba.
No dia 13 último, uma equipe do instituto esteve em Belo Horizonte com o secretário estadual de Cultura, Ângelo Oswaldo. Foi feito a ele um relato sobre situação em que se encontra o acervo do instituto.
Ao saber do caso, o secretário fez contato com a promotora Giselle Ribeiro de Oliveira, coordenadora das promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, que acionou o promotor de Justiça de Pitangui, Bernardo de Moura Lima Paiva Jeha, de quem cobrou providências para a solução dos problemas relatados.
Dois dias depois, na sexta-feira última, 15, a promotoria fez uma vistoria no acervo dos documentos que estão guardados na Biblioteca Municipal. Na ocasião, pôde constatar que as condições de sua conservação são precárias.
Em seguida, a promotora entrou em contato com a Prefeitura, determinando que o Município arque com os custos da locação de um imóvel que comporte o armazenamento do acervo do instituto em boas condições de conservação.
— Ficou acertado que esse imóvel será o casarão dos Campos, localizado na rua Padre Belchior, para onde todo o acervo será transferido até que as obras de reforma do antigo prédio do Museu fiquem concluídas, o que está previsto para fevereiro próximo — diz o HP, por meio de nota.
Ao Portal Agora, o secretário de Cultura de Pitangui, Antônio Lemos, disse que o governo vai cumprir a recomendação do MPMG “com gosto e empenho”.
Crime e consciência
O ataque a bomba a uma agência do Banco do Brasil incendiou o prédio que abrigava o IHP. Por causa disso, todo o acervo de imagens sacras e os milhares de documentos históricos foram guardados em outros imóveis e não estão acessíveis ao público.
Com o objetivo de conscientizar a população pitanguiense e também os pesquisadores e demais interessados no patrimônio histórico e cultural, o IHP lançou uma campanha. De acordo com o jornalista Marcelo Freitas, que é um dos diretores do instituto, apesar de o município ter mais de 300 anos e ser um dos mais antigos de Minas Gerais, muitos moradores desconhecem a importância do lugar.
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