Jorge Guimarães
Criado em junho de 2014, o projeto “Borandá na Praça” se consolida como uma das melhores atrações culturais para o público de Divinópolis. Realizado sempre no segundo domingo de cada mês, o evento alegra as manhãs, a partir das 10h, na praça da Catedral e oferece ao público em geral uma boa opção de lazer. E o que é melhor com tudo de graça.
Para os organizadores do evento, o principal objetivo é lembrar ao cidadão que a praça é um espaço democrático aberto ao público que se configura como lugar de promoção da descentralização do saber. Por isso, ela precisa ser alegre, bem cuidada, colorida.
O diretor da Cia Borandá, Juvenal Bernardes, ressalta que para que a praça se torne, de fato, um espaço de exercício da cidadania, é fundamental que ela esteja sempre cheia de gente. Do contrário, ela não cumpre seu papel de agregadora do saber, é abandonada pela população e resgatá-la torna-se uma tarefa árdua que demanda enorme esforço do poder público e grande mobilização da sociedade — detalha.
Atividades
Para atrair pessoas para a praça, nada melhor do que atividades culturais. Assim, o “Borandá na Praça” escolheu a praça Dom Cristiano, a conhecida praça da Catedral, justamente por ser um dos mais importantes espaços cívicos da cidade, ligado aos primórdios da povoação e criação do município. Ela abriga o Casarão, onde funcionava o Museu Histórico, a Igreja Matriz e que se tornou um importante espaço de lazer para famílias, com uma interessante área aberta para todos, principalmente as crianças.
Clássico
No próximo domingo, a partir das 10h, a Borandá apresenta um de seus clássicos a “Invasão Ratantã, uma farsa político-ecológica que, com muito bom humor, alerta para questões importantes como corrupção, preservação ambiental e participação popular. Utilizando várias linguagens como o teatro de máscaras e bonecos, cordel e contação de histórias. A peça já foi apresentada em mais de 10 bairros da cidade e é sempre aguardada pelo público que a acompanha.
O grupo
A Borandá, formada hoje por Juvenal Bernardes e Sérgio Rezende, usa uma linguagem popular, que vai do palhaço à contação de histórias e do teatro de rua, a praça torna-se o palco ideal. Os criadores do grupo lembram que foi numa praça que o grupo realizou sua primeira apresentação pública.
Apoio
O projeto Borandá na Praça leva, em média, um público de 350 pessoas. Além de contar com o apoio de algumas empresas como a Dividata, UNI Educação Infantil, Katuxinha e Agência Ofício, sendo que o grupo sempre passa seu chapéu ao final das apresentações.
— É muito importante que o grupo mantenha essa tradição. É uma forma de lembrar ao público que o artista de rua leva sua arte para as praças, mas que é um trabalho que, como qualquer outro, precisa de recursos para se manter — define Juvenal Bernardes.