Pollyanna Martins
Os vereadores de Divinópolis indicaram ontem que não irão investigar as gravações de supostas ligações telefônicas que envolveriam o prefeito Galileu Machado (MDB); o ex-aliado dele Marcelo Máximo de Morais e Geraldo Passos, editor do blog “Divinews”. Os conteúdos dos áudios foram publicados ontem e anteontem pelo Agora.
O vereador disse ainda que a população deve ficar atenta a situações dessa natureza e que estão fazendo uma “tortura psicológica com prefeito e os vereadores”.
— A Câmara não tem como abrir CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] sem o assunto estar devidamente periciado — afirmou, referindo-se a um pedido anunciado pelo colega de partido Edson Sousa.
Além do médico, Rodrigo Kaboja (PSD), líder do governo, também saiu em defesa do prefeito. Perguntou sobre o histórico do cidadão que trouxe as gravações a público e afirmou que elas precisam ser periciadas para que seja possível saber se houve algum tipo de manipulação nas mídias. Questionou também sobre o que estaria por trás do que chama de “encenação” e com qual objetivo.
— Todos sabem o que esse indivíduo [Marcelo Máximo] é capaz de proporcionar. O motivo da crise do Município é exatamente esse: as pessoas que dedicam sua vida a prejudicar os outros e criar obstáculos a tudo o que pode trazer benefícios à cidade — avaliou.
Alguns vereadores sequer tocaram no assunto e outros disseram apenas que as gravações das supostas ligações precisavam ser periciadas. A vereadora Janete Aparecida (PSD) afirmou em seu discurso que pediu, por meio de ofício encaminhado à presidência da Câmara, que as gravações sejam periciadas por um órgão competente, transcritas e avaliadas também pelo jurídico da Câmara.
Já o pedido de CPI para investigar as gravações recebeu apenas seis assinaturas: Cleitinho (PPS), Sargento Elton (PEN), Janete, Roger Viegas (Pros), Eduardo Print Júnior (SDD) e Edson Sousa.
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