Aqui

Em Divinópolis, no Estado e em Brasília, adivinha qual é a palavra da moda? Acertou quem pensou em CPI. Isso mesmo. A Comissão Parlamentar de Inquérito é o atual xodó de muitos políticos. Por aqui, até agora foi instaurada somente a do IPTU de autoria do vereador Edson Sousa (MDB) e há um requerimento em andamento que pode criar a dos lotes. Mas, de 2017 para cá, o procedimento liderou as ações da Câmara. Foram instauradas: a da UPA, da Copasa, dos Áudios e da Publicidade e Propaganda. E, apesar de tantas e do tempo, até agora, não deram em nada!

Em Minas

Minas não foge a esta realidade. Em sua primeira reunião, a CPI da Barragem de Brumadinho teve eleitos por unanimidade, ontem, os deputados Gustavo Valadares (PSDB) e Sargento Rodrigues (PTB) como presidente e vice-presidente, respectivamente. Formalizada no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no último dia 13, a CPI teve o deputado André Quintão (PT) designado como relator. As reuniões ordinárias da comissão serão realizadas às quintas-feiras, às 9h30, porém, ontem já houve uma reunião, às 17h, quando foram votados requerimentos da CPI.

Poder de investigação

A comissão foi criada para apuração dos fatos relativos ao rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, ocorrido em 25 de janeiro. A tragédia fez mais de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos. Conforme o Regimento Interno da ALMG, a CPI possui poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e terá prazo de 120 dias para apuração dos fatos, prorrogável por mais 60.  Espera-se que, desta vez, o resultado não seja igual ao de Mariana. Até hoje, vítimas não receberam nem uma indenização, sequer.

Na capital federal

Em Brasília, não é diferente. O senador Alessandro Vieira (PPS-SE) afirmou que irá protocolar o requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito para investigar o “ativismo judicial” em tribunais superiores, chamada de CPI da Lava Toga.

 O documento conta com diversas assinaturas. Os investigadores passam a ser investigados.  A revolta dos políticos, que agora são os mais santos do planeta, é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em passar as investigações da ‘Lava Jato’ para a Justiça Eleitoral. E não somente eles ficaram ‘tiririca’, os próprios procuradores da operação e muita gente país afora. E têm razão, sim. Aliás, o objetivo da ‘Lava Jato’ já foi cumprido. E todos sabem o porquê.

Sem ‘heróis’

Em resposta à enxurrada de críticas recebidas desde a última sexta-feira, dia do anúncio da decisão do STF, o presidente do órgão, Dias Toffoli, afirmou na noite desta segunda-feira em Belo Horizonte que o combate à criminalidade no País não se faz com “heróis”, mas com as instituições. O ministro participou do seminário Macrocriminalidade – Desafios da Justiça Federal, organizado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Segundo ele, a magistratura tem obrigação de inibir “excessos”. Então tá. Está aí a explicação da bagunça que virou este país. Se quem deveria coibir ‘lava as mãos’…

 As declarações foram dadas no momento em que Supremo é alvo de críticas de integrantes do Ministério Público por causa da decisão de fixar a competência da Justiça Eleitoral para julgar casos de caixa 2 que tenham sido cometidos em conexão com crimes comuns, como corrupção e lavagem de dinheiro.

Gilmar???

“Não podemos criar ódios entre nós, mas excessos não serão admitidos. Canalhices e cretinices, como disse o ministro Gilmar Mendes, não podem ser admitidas, e as senhoras e os senhores, os juízes, têm de impedir que excessos sejam cometidos. Porque somos os moderadores da sociedade. O que não pode haver é excesso ou heróis. Não é a ação de heróis que resolve”, disse. Será de quem ele está falando? Alguma coisa tem.

Quem?

É por estas e outras que o vereador Dr. Santiago soltou a seguinte frase no fim de seu discurso ontem, na Câmara. “A corrupção está instalada de baixo pra cima, ou vice-versa. Quem poderá nos salvar?”, indagou. Sinceramente, Dr. Delano? Só Deus.

 

 

Related posts

Thaileon comanda virada do Guarani em Itaúna

Copa Abdala tem rodada de goleadas

Galo larga atrás nas quartas da Libertadores