José Carlos de Oliveira
Bem ao estilo de seu treinador, Mano Menezes, o Cruzeiro soube sofrer terça-feira em Buenos Aires e trouxe um bom resultado da Argentina, no duelo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, contra o River Plate.
O empate sem gols não era o resultado desejado (melhor seria marcando gols), mas já foi o bastante, e dá ao time estrelado a chance de buscar a vaga ao lado de sua torcida, com o Mineirão lotado. E isto pode ter peso decisivo a favor da equipe celeste, que ninguém duvide desta verdade.
Sorte de campeão?
Já vi este filme outras vezes… E o Atlético teve este gostinho na campanha do seu único título da Libertadores, quando Victor defendeu um pênalti, já na prorrogação, cobrado por Riascos, na época em que o atacante defendia o Tijuana, do México. Se convertesse, seria o adeus para o Galo.
Ontem foi a vez do Cruzeiro contar com a sorte, quando, no último lance da partida, Suárez isolou a bola e perdeu a chance de colocar os argentinos em vantagem no confronto contra a Raposa.
Deu migué?
Por falar nisto, a China Azul deitou e rolou nesta quarta-feira, depois que o ex-atleticano Pratto declarou que não cobrou a penalidade porque o goleiro Fábio o conhece bem, desde os tempos em que jogava no Galo.
É, com sua fala, o argentino caiu na alça de mira dos torcedores. Deu um migué e agora terá que aguentar a gozação.
MANGUEIRAS BRASIL
A realidade dos clubes brasileiros
Nas últimas semanas, o torcedor do Cruzeiro sofreu com as gozações dos rivais, depois que reportagem de uma emissora de TV expôs a situação financeira do clube. Teve piadas para todos os gostos, até presença da polícia no centro de treinamentos e na sede do clube estrelado das Minas Gerais.
Mas aqueles que gozavam os azuis ignoravam o outro lado e fingiam que o mesmo não ocorre com seus times preferidos. Me engana que eu gosto!!!
Mesmo barco
Passada a turbulência na Toca da Raposa, reportagens em sites e programas de televisão mostram que todos estão no mesmo barco. E o pior, que a dívida da Raposa ainda é bem menor que a de muitos clubes que se acham acima de qualquer suspeita.
Despejo
Esta semana mesmo, tem muito vascaíno com as orelhas em pé, com a ameaça de despejo do centro de treinamentos que recai sobre o clube cruzmaltino, por falta de pagamento.
Descaso com o dinheiro público
Passados já três anos da realização das Olimpíadas no Brasil, o descaso com o dinheiro público fica ainda mais escancarado, com o Parque Olímpico do Rio de Janeiro jogado às traças. O local segue abandonado, numa obra que custou a bagatela de R$ 2 bilhões e agora virou um elefante branco, do qual não se consegue pagar nem a manutenção (R$ 11 milhões de conta de água atrasada).
Continuar assim é garantia de eterna sangria de recursos públicos.
Ainda tem mais
Mas não é somente o Parque Olímpico, não. Também na Copa do Mundo, o dinheiro foi jogado fora, construindo-se estádios para clube e onde nem existe futebol que comporte a grandeza de suas arenas.