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“Depoimentos estão sendo positivos”, afirma membro

by Portalagora

 

Maria Tereza Oliveira

Após recesso que durou quase um mês, as reuniões ordinárias da Câmara estão de volta. No primeiro encontro oficial do semestre – fora a reunião extraordinária do dia 24 –, não há projetos para serem votados na pauta, porém, pelo menos oito matérias, sendo seis do Legislativo e duas do Executivo, estão na ordem do dia. Ontem também foi dia decisivo na Casa. Isso porque a primeira oitiva realizada pela Comissão Processante (CP) ouviu nove testemunhas de acusação e de defesa do prefeito Galileu Machado (MDB). A CP investiga a denúncia político-administrativa, apresentada pelo vereador Sargento Elton (Patriota), contra o prefeito.

Os depoimentos começaram às 9h e só terminaram às 16h. Durante as sete horas em que as seis testemunhas de acusação e quatro de defesa – sendo uma de ambos os lados – depuseram, os vereadores que fazem parte da CP e o denunciante esclareceram suas dúvidas.

A comissão é formada pelos parlamentares Eduardo Print Jr. (SD) na presidência, Renato Ferreira (PSDB) como relator, e Roger Viegas (Pros) como membro.

Depoimentos

Foram ouvidos, na acusação, os advogados Eduardo Augusto e Jarbas Lacerda, membros da Associação dos Advogados do Centro Oeste de Minas Gerais (AACO), o empresário Marcelo Máximo de Moraes Fernandes, o jornalista José Geraldo Passos, o presidente da Câmara, Rodrigo Kaboja (PSD), e o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e atual assessor especial da Prefeitura, José Alonso Dias.

Já os depoentes apresentados pela defesa foram o procurador do Município, Márcio Azevedo de Oliveira; o diretor de Administração da Prefeitura, Wilson Novaes Junior; o delegado regional da Polícia Civil (PC), Leonardo Pio, e, novamente, José Alonso Dias.

Um dos depoimentos mais aguardados foi o de Marcelo Máximo Marreco, que denunciou no ano passado uma suposta troca de favores envolvendo o cargo de gerente de agricultura na Secretaria de Agronegócio, oferecido a ele. Na época, Marreco es­tava impedido de trabalhar por recomendação médica.

Na oitiva de ontem, ele voltou a confirmar a proposta para receber sem trabalhar. A testemunha salientou que não tinha preparo para o cargo que lhe foi ofertado.

Contradição?

Ao Agora, Roger Viegas disse que notou certa contradição na fala do assessor especial do prefeito, José Alonso Dias.

— Avalio que os depoimentos estão sendo positivos. Entretanto, José Alonso Dias foi contraditório: anteriormente, havia afirmado na prestação de contas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo que “há funcionários que não trabalham e alguns atrapalham, na Prefeitura e na Câmara”. No entanto, ele disse na oitiva que na ocasião falou genericamente. Ficou confuso — comentou.

Conforme revelou o vereador, nos próximos passos, o prefeito Galileu deve ser convocado a depor.

Três pontos

Nas 144 páginas do pedido de investigação, há três pontos principais. A aparente troca de favores com a oferta de um cargo comissionado para alguém que, supostamente, não estaria habilitado para tal ocupação; possível renúncia de receita com o estacionamento rotativo e, por último, o uso da tribuna feito pelo procurador do Município.

Próximos passos

Após as oitivas, além do depoimento de Galileu, serão apresentadas as razões finais. A Comissão Processante fica responsável por apresentar um parecer pela responsabilidade ou não do prefeito quanto ao cometimento das infrações indicadas na denúncia político-administrativa.

Em seguida, o assunto volta ao Plenário para ser colocado em votação pelos vereadores. Caso 2/3 dos vereadores, ou seja, 12 deles, aprovem a cassação de Galileu, o resultado é o impeachment.

Depois de notificar o chefe do Executivo, a comissão tem 90 dias para terminar as apurações. Em todas as fases, Galileu tem direito a acompanhar os atos e diligências.

Ordem do dia

A reunião de hoje conta com seis projetos do Legislativo e dois do Executivo na ordem do dia. Entre eles,  o Projeto de Lei (PL) 001/2019 revoga os §§1º e 2º do art. 46 da Lei Complementar 169/2014, que estabelece o Plano Diretor do Município e o art. 3º, parágrafo único da Lei Complementar 170/2014, o PL 055/2019 altera a Lei 4.007, que dispõe sobre a Utilidade Pública do Conselho Comunitário Rural do Inhame e Jatobá, com sede e foro neste município e a proposta que estabelece no âmbito do Município sanções e penalidades administrativas para aqueles que praticarem maus tratos aos animais.

 

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