Apesar de alta nas refinarias, preço da gasolina na cidade se mantém estável

 

Da Redação

Em Divinópolis, apesar do aumento dos preços dos combustíveis nas refinarias na última semana (+ 4,85% na gasolina e + 8,08% no diesel), o custo para o consumidor se manteve abaixo dos R$ 7,00, sofrendo pequenas variações.

Os números mostram que o preço médio encontrado na cidade foi de R$ 6,80, o mais baixo de R$ 6,64 e o maior de R$ 6,89. Já no diesel, o custo médio praticado foi de R$ 5,26, sendo o menor R$ 5,09 e o mais caro, R$ 5,49.  

O levantamento foi feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), em dez pontos de vendas, entre os dias 9 e 15 de janeiro. 

— No caso da gasolina aditivada, ela ultrapassou a casa dos R$ 7,00, mas a comum não. Janeiro é um mês fraco e os empresários do segmento devem estar com os tanques cheios, assim não repassamos o devido aumento. Mas ontem a Petrobras deu outro aumento de meio centavo no preço da gasolina, que vai significar no valor da compra de hoje. Nesta situação, devemos repassar o valor para o consumidor final  — avaliou o empresário do segmento, Eduardo Print Jr. 

Para as próximas semanas, não há previsão de recuo no preço. 

— Já temos notícias de novos aumentos nos próximos dias, sendo eles de R$ 0,15 na gasolina e R$ 0,20 no diesel. O que nos preocupa também é o fim do congelamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, a partir de fevereiro, que vai gerar aumentos para todos — antecipa.

 

Contexto

O preço do petróleo no mercado internacional alcançou, nesta terça-feira, 18, o maior custo desde outubro de 2014, com o barril superando a marca dos US$ 88. 

Além disso, na última semana, a Petrobras anunciou novo aumento dos combustíveis nas refinarias. A alta em um ano é, respectivamente, de 76% e 79%. 

 

Diesel

Em Minas Gerais, o novo aumento do diesel estremeceu ainda mais a relação entre o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque) e o Governo do Estado. O presidente da entidade, Irani Gomes, não descarta a paralisação dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo em Minas neste início de ano. Segundo ele, o serviço está inviável, devido aos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, especialmente do diesel.

— Há anos, enfrentamos dificuldades para manter nossa atividade. Com a adoção da atual política de reajuste de preços pela Petrobras, em outubro de 2016, a situação se complicou ainda mais e agora está insustentável — avalia Irani.

 

Fim de congelamento

Para ele, os novos aumentos nos preços dos combustíveis, que passaram a vigorar na semana passada e o fim do congelamento do ICMS sobre os combustíveis, a partir de fevereiro, agravam ainda mais a situação.

— A categoria está indignada e sem condições para trabalhar. Pedimos encarecidamente aos governos federal e estadual que adotem medidas emergenciais para mudar esse quadro. Caso contrário, não teremos alternativa, vamos suspender as atividades — disse. 

O presidente do Sindtanque-MG lembra que o governador Romeu Zema (Novo) havia dito que conseguiria reduzir a alíquota do ICMS do diesel para 12%, e que não precisaria de aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No entanto, após a redução da alíquota de 15% para 14%, nada mais foi feito.   

— Esperamos que o governador cumpra com esse compromisso e atenda, de uma vez por todas, a essa antiga reivindicação dos transportadores, aproximando o ICMS do diesel em Minas com o de estados do Sudeste — disse. 

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